Luiz Bandeira
A Polícia Civil prendeu nesta quarta-feira, 12, um homem de 38 anos acusado pelo crime de tentativa de feminicídio. A prisão se tornou necessária, pois a vítima, companheira desta pessoa, o denunciou em depoimento na 110ª DP que seu marido havia lhe agredido reiterada vezes e que além dele ser viciado em cocaína e álcool, em fevereiro passado, tentou lhe enforcar com as mãos, sendo impedido pelo filho adolescente do casal. Após prestar depoimento, a mulher foi encaminhada para o Instituto Médico Legal para realizar o exame de corpo delito, onde ficou constatada a tentativa de asfixia sofrida e denunciada pela vítima. Com as evidências de agressão, restou a Polícia pedir a prisão do autor, como revelou o Delegado Titular da 110ª DP Dr. Márcio Dubugras. “No final de fevereiro a delegacia foi procurada por uma mulher dizendo que o seu companheiro era viciado em cocaína e viciado em álcool e toda vez que ele ia pra rua e fazia uso dessas substâncias ele voltava agressivo e cometia violência doméstica. No final de fevereiro, ele chegou à casa do casal e começou a discutir com a vítima e a vítima falou que não iria aceitar mais que ele usasse drogas e nem fizesse uso de álcool, ele disse que iria na rua comprar cachaça e iria retornar e ela falou que assim ele não ia entrar mais em casa. Então com isso ele partiu pra cima dela e começou a asfixia-la apertando o pescoço. Ele foi impedido de cometer esse crime fatal pelo filho do casal, de 15 anos, que conseguiu evitar que isso acontecesse. A vítima nos procurou, nós encaminhamos a vítima pra exame de corpo delito e o exame constatou que ela apresentava escoriações na região do pescoço. Com isso nós pedimos a prisão ao poder judiciário que concedeu e ontem nós conseguimos efetivar a prisão desse autor desse crime grave”.
O jornalismo do Diário vem noticiando atualmente muitos casos de violência doméstica registrados na 110ª DP. São estupros, agressões físicas, ofensas e ameaças que vitimizam, sobretudo mulheres, crianças e idosos. Em todas as situações de crimes contra as mulheres a Polícia reitera a necessidade da mulher não permitir a impunidade. “É mais um caso de crimes contra as mulheres, a gente sempre fala a respeito disso, que é uma situação reiterada em Teresópolis, muitos casos de agressão, mas é importante deixar claro o que sempre se fala aqui, as mulheres têm realmente que procurar a gente, porque mais uma vez nós provamos que uma mulher vítima de uma agressão, quando nos procura a resposta vai ser dada. Então se alguém agredir uma mulher em Teresópolis, se tenta praticar um feminicídios, ele vai ser preso. As mulheres podem ficar tranquilas que nós vamos dar toda a assistência pra ela, ela não vai ter mais contatos com esse autor, ela não vai ser revitimizada, existem também programas em parceria com a prefeitura, como o Núcleo de Atendimento à Mulher, existe o programa de aluguel social, existe a possibilidade dela ser subsidiada através de valores para que ela possa se sustentar e não depender economicamente do homem. Então ela tem que entender que não está sozinha, a gente está aqui pra ajudar ela, não só na parte criminal, mas também na parte social que por ventura ela precise ter”.
Não permita intimidação
Importante reafirmar que a mulher não deve permitir que ameaças e agressões a intimidem a denunciar o agressor às autoridades policiais ou aos serviços de assistência social voltado para a proteção da mulher, mesmo que atos agressivos partam do seu companheiro ou companheira. “Quando se comete o primeiro ato de violência e a mulher permite, ou seja, ela não registra, isso vai se suceder, esse agressor não vai parar. Então aconteceu o primeiro ato de violência doméstica procura a gente, cesse isso porque se não for feito nada esse primeiro ato de violência pode se transformar em feminicídios. Um conselho para as mulheres, não aceitem a violência, registrem, procurem a polícia, não fiquem numa relação agressiva, porque depende economicamente da pessoa, porque existe filhos na relação do casal, não pensem assim, pense em si própria, porque você pode ser mais uma vítima de feminicídio”, recomenda o delegado Marcio Dubugras.