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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Empregos: Primeiro trimestre com mais contratações em Teresópolis

Setores de serviços e construção mantém empregos em alta, enquanto comércio e indústria demitiram mais

Luiz Bandeira

Após dois meses de recuo, a criação de empregos formais no país subiu em março. Segundo dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, 195.171 postos de trabalho com carteira assinada foram abertos no último mês no Brasil. O indicador mede a diferença entre contratações e demissões. Essa tendência positiva também foi verificada aqui em Teresópolis no primeiro trimestre deste ano, apesar do saldo negativo registrado em fevereiro. Foram acrescidos 236 novos empregos com carteira assinada no período, o que elevou para 34.791 o contingente de trabalhadores formais registrados no município.
Quando analisamos os setores separadamente, constatamos que, nesse primeiro trimestre de 2023, o setor de serviços apresenta uma alta significativa, que acrescenta 204 novos postos de trabalho, seguido da construção civil com 64 trabalhadores a mais, o setor agropecuário que empregou 53 novos trabalhadores e a indústria com alta de 47 novos empregos. A má notícia vem do setor de comércio, sempre muito relevante na economia do município. O segmento demitiu mais que empregou em janeiro e fevereiro e só teve salto positivo de contratações ante as demissões, no mês de março, porém não o suficiente para minimizar as 100 demissões acumuladas no período dos primeiros três meses do ano no setor.

“Quando você pega o histórico desde 2001, esse é o momento em que temos o maior número de trabalhadores com carteira assinada na nossa cidade”, pontuou o secretário de Trabalho, Emprego e Renda Solidária, Lucas Guimarães


O secretário municipal de Trabalho, Emprego e Economia Solidária, Lucas Guimarães, em entrevista recente ao Diário, fez um diagnóstico do momento econômico que vivemos. “O Brasil todo viveu um momento de freio na economia. Quando a gente observa os dados gerais, setor por setor, a gente percebe uma contração em dois setores específicos, o comércio e a indústria. A análise que a gente faz, são de dois momentos específicos. Tradicionalmente a indústria dá uma freada, porque a indústria começa apenas em agosto e setembro a fazer as contratações, aumentar o seu processo produtivo para pegar um pouco o ‘Dia das Crianças’ – 12 de outubro, mas mais especialmente o Natal. Já o comércio ele se fortalece no período de fim de ano, só que a gente percebeu que após o resultado das eleições, em especial em nível federal, houve uma retração econômica aonde o investidor, o empresário, ele aguarda um pouco para entender quais são os movimentos econômicos, ele segura um pouco o investimento, isso aconteceu no Brasil como um todo. E quando há uma retração no investimento e há uma certa cautela nesse sentido, o consumo diminui. Porque a produção é um pouco menor, as famílias guardam um pouco mais o seu dinheiro e a inflação também aponta”, esclarece Lucas Guimarães.
Vale ressaltar que quando confrontamos os números atuais apresentados pelo Caged com os índices do mesmo período do ano passado, a perspectiva é positiva, pois em todos os meses deste ano houve entre contratações e demissões saldos maiores que em 2022. O secretário de Trabalho, Emprego e Renda Solidária destacou também os desafios vencidos em 2022. “A gente percebe que o ano de 2022 foi um ano muito desafiador, com uma inflação acentuada em nosso país, o consumo foi afetado de todas as formas, quando aumenta o combustível, aumenta a matéria-prima, aumenta a produção, então esse é um cenário que se observa naturalmente, mas se tem um resultado positivo. Quando você pega o histórico desde 2001, esse é o momento em que temos o maior número de trabalhadores com carteira assinada na nossa cidade”, pontuou o secretário.
Desde janeiro de 2020, o uso do Sistema do Caged foi substituído gradativamente pelo Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial). Atualmente, todas as empresas estão obrigadas a declarar as movimentações por meio do eSocial. O Novo Caged é composto por informações captadas dos sistemas eSocial, Caged e Empregador Web. Segundo o Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) do Ministério do Trabalho e Previdência, a economia brasileira criou 195.171 novos postos de trabalho em março de 2023. O saldo foi resultado das 2.168.418 admissões e 1.973.247 demissões que ocorreram no mês. Quando comparado com mesmo período em 2022, o saldo atual é 97,6% maior.

Edição 23/11/2024
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