Estamos vendo vários agentes econômicos, sociais e acadêmicos bradando que precisamos considerar a ciência. De fato, jogarmos todo o conhecimento científico acumulado é uma grande burrice.
Muitas pessoas tem tido uma postura negacionista, isto é, negar as afirmações da ciência diante da pandemia. Algo que não é novo como alguns podem pensar. Mas é uma atitude recorrente ao longo de séculos de humanidade. A era da informação deixou ainda maior o abismo entre o conhecimento e aqueles que insistem em ter suas próprias convicções sem nenhum tipo de comprovação.
No entanto, algumas vozes estão, sem perceber, sendo quase tão limitadas quanto os negacionistas. Pensam que ciência se resume a epidemiologia ou infectologia. Esquece-se que economia é uma ciência. Psiquiatria é uma ciência, e tem muito a nos mostrar nesse tempo de isolamento. Assim como psicopedagogia, engenharia, contabilidade e etc. Existe um enorme espectro de campos científicos e suas subdivisões.
Dessa maneira, precisamos ouvir não só os epidemiologistas, infectologistas, médicos, sanitaristas e outras profissões que tem irrefutável protagonismo no momento atual.
Necessário nos é dar voz a todos. E entendermos como as dinâmicas e interações entre os diferentes segmentos podem nos dar novos caminhos e soluções. Grandes conquistas foram feitas quanto se uniu diferentes fontes de conhecimento gerando construções multidisciplinares.
Problemas extremos e ao mesmo tempo complexos exigem equilíbrio e ponderação. Essa integração entre diferentes ciências pode trazer a harmonia que precisamos. Nosso apelo é que acreditamos na ciência. Em todas elas!