Wanderley Peres
Cinco anos atrás, em clima de festa nunca antes vista da cidade – a posse de um prefeito fora da Câmara Municipal – assumia a Prefeitura o empresário Vinícius Claussen. Foi estranha e exótica a posse, e viram alguns até desdém do chefe do executivo com o poder Legislativo, repulsa que, se legítima, pela má imagem dos vereadores à época, o ataque poderia dificultar sua relação política com a Casa nos difíceis dias que havia pela frente. Indiferente aos motivos do pedido, no entanto, os vereadores se prontificaram a fazer do modo diferente como pediu o prefeito, e a festa aconteceu com o glamour desejado, para o espaço nobre se encaminhando os vereadores e demais autoridades municipais, empresários, convidados, servidores públicos e entusiasmados eleitores que fizeram questão de cumprimentar os novos gestores municipais.
“Diante de um teatro lotado, o novo time mostrou união, apontando que um tempo de mudança se inicia na gestão da cidade serrana”, informou a assessoria de imprensa do prefeito, na manhã seguinte, ao dar os nomes dos secretários: Cléo Jordão – Cultura, Esporte e Lazer e Turismo; Gabriel Tinoco Palatnic – Procurador Geral; Lucas Guimarães – Administração; Marcos Antonio da Luz – Segurança Pública e Yára da Rocha Medeiros – Controladora Geral do Município, 5 secretários que ainda se mantém nos cargos, e outros 11 secretários que aos poucos foram abandonando o governo, cada um com as suas próprias decepções e motivações: Anderson Gutemberg – Ouvidor Municipal; Edilberto Sebolar Machado (Beto Calixto) – Obras e Serviços Públicos; Frederico Moreira Gomes – Fazenda; Henrique Carregal – Governo e Coordenação; José Carlos Fita Nogueira (Zé Carlos da Estufa – Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; Marcos Ferreira Jaron – Desenvolvimento Social, Trabalho, Emprego e Economia Solidária; Mauro Henry Botner – Saúde; Patrícia Falcão – Direitos da Mulher; Raimundo Lopes – Meio Ambiente e Defesa Civil; Rolf Danziger – Comunicação; e Rosana da Rocha Mendes – Educação.
Era algo inédito. Não o lugar da posse, aonde o povo não foi. Mas a novidade em si, de um jovem sem relevância política alguma, alcançar o primeiro lugar. Mas, passada a eleição, e as rusgas que se criam durante a campanha, além dos 23.500 eleitores que o preferiram, os outros, 23.478 que votaram em seu concorrente direito, Luiz Ribeiro, e também os que preferiram os demais candidatos do pleito – Bertoche, Quincas, Nelson, Daponte, Roberto Mello, Roberto Petto, Carlos Dias – mais ou menos, todos queriam Novo uma coisa só: que a cidade, cansada dos jogos da política rasteira, voltasse à regularidade política, que a Saúde e a Educação melhorasse, as ruas tivessem menos buracos e fossem melhor iluminadas, que a cidade fosse melhor cuidada.
Em sua fala, o eleito deixou claro que faria uma cidade melhor e a mudança seria refletida no serviço de saúde. “Até o fim do ano teremos uma saúde que faça a diferença e a população mais satisfeita com o serviço público. Todos os nossos secretários estão comprometidos com isso. É a força de um time que ama a cidade e a força dos teresopolitanos que efetivamente vão mudar o rumo da nossa história”, disse, emendando o vice-prefeito, Ari Boulanger, que o momento era de união e de um novo olhar da população para alcançar os objetivos traçados. “Estamos com um time unido, competente e também temos que contar com os servidores da Prefeitura. Temos de levar alegria para que o município saia do negativismo e pare de pensar que nada vai dar certo. Esse é um passo imenso para qualquer gestão”, destacou.
