Luiz Bandeira
A Vila Olímpica do Tiro de Guerra, no Bairro de São Pedro, é um espaço público, antes de uso exclusivo do Exército para instrução e educação física da tropa e que há algum tempo foi revertido para a população praticar atividades esportivas e recreativas. Nesse amplo espaço há um campo de futebol com balizas e alambrado, uma pista de corrida no entorno do campo, com aproximadamente 150 metros de extensão, para a prática do “running” e ainda uma caixa de areia para salto, estrutura essencial para treinos de salto à distância, essas últimas duas modalidades do atletismo. Um equipamento esportivo que merece maior atenção da administração pública municipal, responsável pela manutenção do imóvel, já que é visível o abandono, das grades em volta do campo, enferrujadas e muito deterioradas; do piso de terra do campo de futebol, totalmente desnivelado, o que pode inclusive provocar lesões em quem corre por ali; e a caixa de areia que está mal posicionada, espremida entre o alambrado quebrado do campo de futebol e carros estacionados sobre o limite da caixa de salto. São problemas que evidenciam uma condição de descaso com esse importante espaço público que atende moradores do Bairro de São Pedro.
O ciclone extratropical que atingiu a Região Sul do país e que trouxe reflexos para a nossa cidade, provocou ventania na madrugada desta quinta-feira, 13, derrubando galhos da vegetação às margens das rodovias, provocou também a queda de parte do alambrado lateral do campo de futebol, estrutura que se encontra totalmente enferrujada, com risco à vida de quem frequenta o espaço. Essa situação foi denunciada primeiro, na manhã desta quinta-feira, pelo atleta teresopolitano Allan Motta, corredor de maratona, que utiliza a pista de corrida da Vila Olímpica habitualmente nas primeiras horas do dia, para a realização dos seus treinos. “Eu hoje vim treinar às 5h30 da manhã, estava escuro, minha esposa estava iluminando com o celular dela e me alertou que tinha esse alambrado aqui que estava caído, eu quase dei de cara com ele. Isso é um absurdo, porque aqui treinam crianças e adultos orientados pelo professor Lisardo, e isso pode virar para cima de uma pessoa e matar alguém”, alertou o atleta.
Atleta se dedica a incentivar jovens
Allan Motta é um esportista abnegado, que dedica boa parte do seu tempo em função de iniciar jovens moradores de comunidades carentes no esporte, evitando que eles sejam seduzidos pelas drogas. “Para tirar as crianças do sedentarismo e das drogas desse mundo aí, pois as coisas estão brabas. Nosso projeto se chama ‘Talentinho Terê’. Sou eu e minha esposa Daine, o Fabrício e a mãe dele, que tocamos um projeto na Fazenda Ermitage, que tem hoje, em torno de 40 crianças com idades entre seis e 18 anos. Jovens chegam lá para treinar, algumas vezes obesos, e depois a gente recebe elogio dos pais, por que o esporte é vida, mas tem que ter vida com qualidade e apoio do poder público também”.
Para ajudar o projeto “Talentinho Terê”, de promoção do esporte e da cidadania, Allan disponibiliza o contato dele via WhatsApp: (21) 96619 5341, “Pessoas doam mantimentos, biscoito, suco e alguns fazem Pix para gente comprar isso e repassar para as crianças. Tem que treinar e tem que ter alimentação”. Allan disse ainda que leva as crianças para as competições aqui em Teresópolis e em outras cidades, informando ainda que a próxima competição será “Rei e Rainha do Mar”, na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro.