Os cinco veículos adquiridos pela Viação Dedo de Deus e apresentados no aniversário de Teresópolis foram incorporados a frota e já estão em circulação atendendo as linhas Alto x Jardim Pimenteiras, Granja Guarani x Tijuca e Vargem Grande x Rodoviária, rotas que percorrem em seus itinerários boa parte dos bairros do município. Além desses ônibus, outros cinco microônibus que estavam previstos para setembro já chegaram à garagem da empresa e entram em circulação no mês de agosto atendendo outras cinco linhas da cidade.
Ao todo, a viação adquiriu dez veículos seminovos que vão substituir os ônibus mais antigos com o objetivo de reduzir gradativamente a idade média da frota do município e ampliar o atendimento aos bairros, trazendo melhorias para a população. O investimento é o mais importante no transporte público de Teresópolis desde o início da crise que marcou o sistema, agravada pela queda de passageiros devido a pandemia.
Os coletivos contam com a nova pintura que será adotada na cidade e possuem poltronas acolchoadas e elevadores semiautomáticos para o embarque de pessoas com mobilidade reduzida, além de área reservada para acomodação da cadeira de rodas e cão guia acompanhante. Os coletivos contam ainda com câmeras de monitoramento, GPS e são menos poluentes, já que possuem motorização dentro das normas do sistema EURO 5.
De acordo com Marcelo Augusto, diretor da Viação Dedo de Deus, o aporte feito pela empresa é um primeiro movimento para a reestruturação do transporte público em Teresópolis. “A crise deixou marcas profundas e exigiu decisões difíceis, mas garantimos a continuidade do transporte coletivo em Teresópolis mesmo nos momentos mais críticos. Agora, estamos avançando com a aquisição de ônibus mais novos e entrando para uma fase de melhorias que serão percebidas com o tempo pela população, mas que dependem também de políticas públicas adequadas para a mobilidade do município”.
O transporte coletivo de Teresópolis transporta cerca de 50 mil pessoas diariamente, mas o número é ainda 25% menor do que antes da pandemia e, pelo menos, 40% desses passageiros possuem direito à gratuidade. De acordo com Marcelo Augusto, isso vem impactando diretamente no preço da tarifa. “Quem paga a gratuidade é o passageiro pagante. A tarifa de R$ 4,90 é elevada, mas os estudos apontam que ele deveria ser de R$ 5,90 por causa dos custos do
setor e das gratuidades. Por isso, além de ônibus mais novos, é necessário um entendimento sobre as políticas de subsídio ao setor, revisão de linhas, implantação de corredores expressos para ônibus, entre outras iniciativas que, juntas, possam reduzir o preço e melhorar o transporte à população”, afirma.