Quando chega o inverno e o frio, podemos dar uma relaxada na frequência de banhos e no consumo de água. No entanto, esses dois fatores são frequentemente associados ao aumento no número de casos de infecção urinária, condição que geralmente afeta a bexiga, uretra e rins. Os principais sintomas da infecção urinária são: dor e ardência ao urinar, duas das mais conhecidas e perceptíveis consequências da doença, aumento da frequência miccional e até febre e mal-estar nos casos mais avançados. “O tempo frio tem um aumento leve nos casos de infecções urinárias devido a menores cuidados de higiene e a uma menor ingestão de água”, afirma o Dr. Manoel Pombo, chefe do Serviço de Urologia do Hospital São José. No frio a necessidade de ingestão de água é menor, já que transpiramos menos, mas nem por isso deve-se deixar de beber água, manter hábitos saudáveis de higiene, praticar atividades físicas regularmente ou segurar a vontade de ir ao banheiro.
O problema é um diagnóstico sindrômico que abrange várias infecções: pielonefrites agudas (infecções graves que acometem os rins), infecções urinárias baixas (acometem os homens, principalmente idosos e prostáticos) e as cistites, que geralmente afetam mulheres e são muito comuns, porém menos graves. As infecções que acometem os rins, apesar de mais raras, são as mais graves, e podem exigir internação e o uso de antibióticos injetáveis. Porém, geralmente, um ciclo curto de antibióticos já trata a condição. “Todos os quadros infecciosos devem ser tratados sempre o mais precocemente possível. As infecções urinárias baixas em homens necessitam de tratamento antibiótico precoce, pois têm grande risco de se disseminar e levar a uma septicemia, que é uma infecção generalizada. As cistites nas mulheres podem, em alguns casos, ter resolução espontânea ou necessitar apenas do uso de antissépticos urinários e antibióticos em ciclo curto”, explica o urologista do Hospital São José.
Por fim, Dr. Manoel ressalta que quanto antes a doença for diagnosticada, mais eficaz e rápido será o tratamento. A cura pode envolver o uso de antibióticos e, em casos mais graves, pode exigir um tempo de internação até que tudo se estabilize.