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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Abandonada desde 2011, escola do Espanhol é alvo frequente de vândalos

Moradores lamentam esquecimento do espaço público e temem utilização para atos ilícitos

Luiz Bandeira

Desde a Tragédia provocada pelas chuvas que castigaram a Região Serrana, em 12 de janeiro de 2011, o prédio onde funcionava a Escola Municipal Pastor Assis Cabral foi interditado pela Defesa Civil Estadual, devido à proximidade da edificação de onde se concentraram os desmoronamentos de encosta que destruiu muitas residências e onde algumas vidas de moradores do pacato bairro Espanhol foram perdidas. Esse foi um trágico evento, impossível de esquecer, mas que, com o prédio da escola abandonado, continua revivendo essa triste lembrança. Se isso já não fosse suficiente para obrigar que o governo municipal retomasse, mais de 12 anos passados, a posse dessa importante unidade de educação, a condição em que se encontra o prédio atualmente é ainda mais preocupante e causa temor nos moradores vizinhos. É que com tanto tempo do prédio abandonado, ele vem sendo violado e invadido por pessoas que furtam o que ainda tem algum valor, depredam o que não pode ser retirado e utilizam o espaço abandonado para consumir drogas e bebida alcoólica, fazem necessidade no chão das antigas salas de aula, enfim invadem o espaço para praticar todo o tipo de coisas, onde um dia, crianças tiveram o contato com os primeiros ensinamentos.

Prédio onde funcionava a Escola Pastor Assis Cabral está abandonado e sendo depredado


Em 08 de agosto de 2022, depois de 11 anos ocupando algumas salas de aula no CIEP da Barra, os alunos matriculados na Escola pastor Assis Cabral, ganharam um novo espaço próprio. O governo municipal adquiriu um imóvel na Rua Antônio Sequeira, n° 94, na Barra do Imbuí, readequou o espaço e o transformou em uma unidade educacional com capacidade para matricular 200 alunos do primeiro segmento do ensino fundamental. Por outro lado, não há um projeto para o prédio antigo da escola e pelo que parece não há risco para a estrutura da edificação se não o estado de abandono em que se encontra. Moradores do bairro Espanhol recorreram ao jornal O Diário para reclamar dessa situação, um senhor vizinho da escola, mas que prefere manter o anonimato, revelou que por conta própria já pôs três cadeados no portão que dá acesso ao prédio, porém os cadeados foram quebrados evidenciando que há interesse de pessoas mal intencionadas em manter o prédio aberto.

Tradição esquecida
A jornalista Joanna Medeiros, moradora do Espanhol, lamenta o estado em que se encontra a escola do bairro. “Essa escola era uma escola bem tradicional, toda a comunidade estudou nesse colégio e desde a tragédia essa unidade está parada e sem nenhuma previsão do que vai ser feito com esse colégio. O que a gente sabe aqui na comunidade e que gera receio para nós é com relação a ‘clientela’ que vem frequentando o prédio que está abandonado”.
Joanna diz que teme pela segurança dos moradores. “A gente vê que são algumas pessoas estranhas, que não tem que estar ali dentro, a gente escuta de alguns moradores aqui do entorno que são pessoas que estão cometendo atos ilícitos, a gente não sabe de qual tipo. Acredito que a polícia já tenha sido chamada para verificar, porque realmente é um trânsito de pessoas que a gente vê que não são da comunidade, ou que estão ali de passagem para esse tipo de atividade ali”.
A jornalista disse ainda que vereadores já visitaram o prédio abandonado. “Há cerca de dois meses mais ou menos o legislativo já começou um movimento a pedido da comunidade de realmente fazer uma nova vistoria, porque ainda é um bairro residencial, é um bairro que perdeu muito com a Tragédia, muitas das casas não foram recuperadas e ainda ficou um pouco da época. A gente tem medo”.

Além de quebrar e sujar tudo, invasores consomem drogas e bebida alcoólica no espaço público abandonado – Fotos Luiz Bandeira

Edição 23/11/2024
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