Wanderley Peres
O anúncio da apresentação de um pedido de abertura de CPI para investigar a utilização dos recursos públicos encaminhados ao município, feito na última sessão da câmara municipal, e divulgado na edição de sábado do DIÁRIO, levou entidades representativas da sociedade a encaminhar correspondência aos vereadores. "Em nenhum momento se contesta o dever e o papel da Poder Legislativo em fiscalizar o Poder Executivo, entretanto, entendemos que o momento não é o mais propício para a realização da Comissão Parlamentar de Inquérito, em que pese o respeito ao direito de assim agir e aos motivos apresentados, sendo que documentos e informações podem requisitados a qualquer tempo", lembram Felipe Coelho, Igor Edelstein, Rodney Turl, Pedro Alves, Luiz Eduardo Tostes, Rodrigo Ferreira, Marcio Quintanilha e os líderes religiosos Padre Jorge e Pastor Bazílio, todos apontando a inoportunidade do movimento, quando "precisamos mais do que nunca de união e foco para garantir a segurança sanitária da população".
Lembrando aos vereadores que a responsabilidade diante da crise não se limita aos órgãos públicos, e que "há pelo menos uma década, Teresópolis sofre os efeitos das crises político-administrativas, cuja instalabilidade se mostrou nociva para o progresso do município e a CPI desviará o foco que deve ser o de minorar os efeitos da Pandemia".
os signatários da carta, representantes da Associação Comercial Industrial e Agrícola de Teresópolis, Sincomércio, Câmara de Dirigentes Lojistas de Teresópolis, Teresópolis Convention Bureau, Fundação Educacional Serra dos Órgãos, Subseção Teresópolis da Ordem dos Advogados do Brasil e Sindicato dos Comerciários de Teresópolis, e ainda os religiosos, da fé cristã evangélica e católica, solicitam ao presidente da Câmara, Leonardo Vasconcelos, reunião com "o objetivo de construir uma solução viável para os problemas atuais e para que possamos colaborar para o fortalecimento do diálogo entre os Poderes Legislativo e Executivo".