Luiz Bandeira
A obra de contenção de encostas na Avenida Presidente Roosevelt, ainda no primeiro quilômetro da BR-495, Teresópolis-Itaipava, rodovia de responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT), trecho conhecido como Corte da Barra, vai se arrastar por mais tempo que o anunciado inicialmente e tudo indica que não será concluída ainda este ano, ficando só para 2024. Visando a estabilização de uma área crítica, com potencial de causar desastres, a obra tinha como prazo seis meses e em julho deveria estar concluída, em caráter de urgência, sob pena de recontratação, justamente o que ocorre agora. Por conta de um impasse com a empresa concessionária de energia elétrica (ENEL), a qual foi encomendado um novo projeto para a rede de alta tensão que atravessa o Corte da Barra, porém não o fez em tempo hábil e como esse prazo expirou, agora é necessária nova licitação para finalizar o serviço.
O DNIT que contratou tal projeto junto a Enel exige que a nova rede seja subterrânea e não aérea, como ainda está. Essa empresa começou uma obra de adequação da rede de alta tensão sobre a calçada do Corte, porém como não atendia o que foi solicitado pelo DNIT, essa obra foi paralisada e o que já havia sido feito foi desfeito. Na ocasião a ENEL nos enviou a seguinte nota: “O projeto teve que passar por uma revisão após pedido do DNIT. Inicialmente, a obra consistia na construção de um duto envelopado sobre a calçada. No entanto, após a companhia iniciar a obra, o DNIT informou que autorizaria apenas rede elétrica no formato subterrâneo ou aéreo no local. Desta forma, o órgão solicitou que o projeto passasse a contemplar rede subterrânea”.
Sobre o atraso na conclusão da obra de contenção no Corte da Barra o DNIT esclarece que “será necessário realizar nova licitação, pois a ENEL ainda não realizou o remanejamento da rede de alta tensão, impossibilitando a conclusão dos serviços. É necessário aguardar pelo lançamento da nova licitação, com expectativa para acontecer até o final do ano, para a elaboração do cronograma de trabalho”.
Risco iminente
No dia 17 de outubro do ano passado, uma pedra se desprendeu da encosta do Corte da Barra e atingiu o carro da professora Sandra Barroso quando ela se dirigia ao trabalho. Incidentes como esse já foram registrados nesse trecho da Avenida Presidente Roosevelt, portanto, sempre houve a necessidade de um serviço para conter o deslocamento de rochas da encosta. Depois desse último caso, o DNIT, prevendo novos acidentes, sinalizou e interditou a calçada do Corte da Barra e agilizou o início da obra de contenção no local. A obra começou em janeiro deste ano com expectativa de seis meses para entrega, porém como já indicado pelo DNIT, esse ano a obra não será concluída.
Asfalto esburacado
Enquanto a obra de contenção não é concluída, não é feita também uma nova cobertura asfáltica no trecho que se encontra cheio de buracos oferecendo risco aos condutores de veículos que diariamente cruzam a Avenida Presidente Roosevelt.
