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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Hemonúcleo: mais um prazo de conclusão de obras não é respeitado

Equipamentos estão abandonados e funcionários capacitados para o setor lotados em outras funções, atenta SINDPMT

Luiz Bandeira

O Hemonúcleo Municipal, localizado na Várzea, adjacente ao Centro de Saúde Armando Gomes de Sá Couto, tem estado fechado para reformas por mais de dois anos, desde o início de 2021. Naquela época, o prefeito Vinicius Claussen anunciou a obra com uma alocação de recursos no valor de R$ 223.138,99, destinados a modernizar e melhorar a capacidade do centro de coleta e armazenamento de hemoderivados. No entanto, prazos e mais prazos não foram respeitados. O último, que o serviço seria concluído em meados de agosto. Além disso, a presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (SINDPMT), Kátia Borges, atenta para um alarmante problema: ela denuncia que os equipamentos e mobiliários adquiridos para equipar o Centro de Coleta de Sangue estão sendo negligenciados e corroídos pelo tempo e poeira, devido à longa espera pela conclusão da reforma e que funcionários habilitados para o setor hoje estão em outras funções. Esse importante centro municipal de coleta e armazenamento de hemoderivados, que tem sido uma peça fundamental na estrutura de saúde local por mais de duas décadas, necessitava de uma readequação para se alinhar às normas de biossegurança do setor. O projeto de reforma, que originalmente se esperava que durasse no máximo seis meses, deveria ter sido concluído até junho de 2021, de acordo com as promessas do governo municipal. Entretanto, o projeto se estendeu significativamente além dos prazos estipulados, sem uma reinauguração em vista. A secretaria municipal de Saúde justificou o atraso, mencionando exigências da Vigilância Sanitária do Estado do Rio de Janeiro, relacionadas à instalação de um piso específico. A burocracia adicional resultou em três licitações fracassadas e, finalmente, em um novo contrato com uma empresa para realizar a obra. A colocação desse piso é o que atualmente está em andamento.

“Eu acho que é muito importante a gente dizer que o nosso município não consegue fazer uma campanha, inclusive porque o hemonúcleo está fechado e o São José não comporta tudo isso”, Kátia Borges, do SINDPMT. Foto: André Lopes/O Diário

O problema se agrava pela realocação dos servidores que foram capacitados para trabalhar no Hemonúcleo. Muitos foram redistribuídos para outras áreas, resultando em desperdício de recursos humanos altamente treinados e qualificados. A situação também está afetando o abastecimento de sangue na cidade, uma vez que a unidade continua fechada, e o Hospital São José, que assumiu parte das atividades do Hemonúcleo, não pode suprir a demanda completa. “A gente teve a perda de uma, que faleceu, outras se aposentaram, pois tivemos aposentadoria no meio deste caminho e outros estão na regulação, foram alocados em outros setores. Não era vontade deles, mas como o Hemonúcleo não volta a funcionar, a gente não tem perspectiva nenhuma de funcionamento, o prefeito não responde sobre o que vai ser feito daquilo ali e eles precisam trabalhar, então eles estão em outros setores que não era aquilo ali que eles faziam e gostavam de fazer”, revela Kátia. Total abandono A presidente do sindicato expressa preocupação com o estado dos equipamentos e a falta de perspectiva para a reabertura do Hemonúcleo. Ela ressalta que a cidade enfrenta uma carência de sangue devido à incapacidade de realizar campanhas eficazes de doação, resultado direto do fechamento prolongado do centro. “Eu acho que é muito importante a gente dizer que o nosso município não consegue fazer uma campanha, inclusive porque o hemonúcleo está fechado e o São José não comporta tudo isso. Então hoje a gente tem uma deficiência de sangue na nossa cidade, a gente vê a todo momento pedido de sangue, porque a gente tem uma deficiência porque o hemonúcleo que é no Centro da cidade, que é Várzea, que está pronto, cheirando a tinta, eu estive lá fazendo uma vistoria, a aparelhagem está toda desgastada, a gente está perdendo o que a gente gastou ali de verba por conta de não estar funcionando e a gente não tem nenhuma perspectiva de funcionamento”, denuncia a sindicalista. Em resumo, a situação do Hemonúcleo Municipal é alarmante. A reforma que deveria ter durado meses já se arrasta por mais de dois anos, resultando em desperdício de recursos, descontentamento dos servidores, falta de sangue na cidade e uma incerteza crescente sobre quando a unidade será reaberta para servir à comunidade. Nesta segunda-feira, 14, cobramos mais uma vez o posicionamento do governo Vinicius Claussen sobre o assunto. Porém, nenhuma resposta foi emitida pela Assessoria de Comunicação até o fechamento desta edição.

Edição 18/10/2024
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