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Covid-19: Morte de professora preocupa outros profissionais da área

Profissional começou a se sentir mal na segunda-feira. Sepe divulga nota cobrando posicionamento da prefeitura

Mais uma vítima das complicações da Covid-19, a professora Thaynan Pereira da Silva, 34, foi sepultada no Cemitério Municipal Carlinda Berlim, o Caingá, nesta quinta-feira. Ela trabalhava na escola da rede particular Rosa Damasceno/Creche Cheiro de Neném e, segundo nota divulgada pela direção das instituições, foi afastada do trabalho na última segunda-feira, dia 1º, quando apresentou quadro febril. Também segundo o documento, Thaynan esteve no Centro de Testagem do Pedrão, e, dois dias depois, sua situação piorou. Mesmo conseguindo um leito com a utilização de oxigênio, teve duas paradas cardíacas e não resistiu. "Durante cinco anos ela encantou crianças e adultos com sua alegria, disposição e doação. Uma grande perda", divulgou o estabelecimento, informando ainda que todos os funcionários seriam testados e que o prédio passaria por nova sanitização para retorno às atividades na segunda-feira. 

Nesta quinta, o SEPE (Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação) em Teresópolis divulgou nota sobre o caso. “Assim como essa creche, outras foram autorizadas pela Prefeitura a trabalharem como ‘colônia de férias’. A colega trabalhou durante o mês de janeiro com a Educação Infantil. No dia 11/01/21, o próprio SEPE recebeu denúncias de responsáveis contrários a essa permissão e as encaminhou ao Conselho Municipal de Educação, o mesmo enviou ao Serviço de Supervisão Escolar”, começa o documento, que continua. “A morte da Thaynan mostra que nenhuma medida foi tomada pela prefeitura de modo a preservar sua vida. Muito pelo contrário, nos últimos dias, fomos pressionados por uma carreata pela abertura das escolas privadas e, em Audiência Pública, a maioria dos vereadores e os promotores do MP foram a favor do retorno presencial. E agora? Quem se responsabilizará por essa morte? Aqueles que fizeram carreata pela abertura das escolas, inclusive as públicas? Os vereadores? O prefeito que cedeu à pressão dessas mesmas pessoas e manteve as escolas e creches privadas abertas? A única que não pode ser responsabilizada é a professora Thaynan, pois ela foi obrigada a comparecer ao trabalho! O certo é que temos uma colega provável vítima da COVID, apesar de todos os alertas dados pelos órgãos e autoridades de saúde. Isso prova que somente os protocolos sanitários aplicados nas escolas não são suficientes para proteger os trabalhadores do vírus”. 
Na mesma nota, encaminhada para a redação do jornal O Diário e Diário TV, o SEPE destaca que a relação de trabalho dos profissionais da rede privada é de muita pressão, pois uma recusa de comparecimento pode acarretar em demissões, e alerta para a escalada doença. “Por isso, clamamos ao prefeito Vinícius Claussen para que as escolas privadas também sejam fechadas e mais nenhuma morte de profissional da educação da rede pública ou privada seja banalizada. O momento exige a união de todos os profissionais da educação da cidade. Nossas vidas importam e vamos lutar por elas!”

 

 

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Edição 28/11/2024
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