A Praça de Esportes Radicais Alpinista Alexandre de Oliveira permanece fechada pela prefeitura, diferente dos demais locais público e privados onde se realizam atividades físicas e recreativas em que o acesso já está liberado há meses. Essa situação causou uma revolta dos frequentadores do local que buscam uma resposta sobre os motivos deste fechamento continuar. No último sábado, um protesto contra a situação chamou a atenção nas redes sociais após um vídeo em que a Guarda Municipal retira pessoas que entraram na Praça cobrando a reabertura.
Professor de um projeto social em que ensina skate para crianças, Yago Chiappetta explicou que a invasão do local foi feita justamente como um protesto contra a falta de respostas a respeito das cobranças de que o acesso volte a ser liberado, como já ocorre em outros espaços públicos, como a Praça Olímpica que até registra grande aglomeração de pessoas diariamente.
“O vídeo repercutiu bastante depois que a Guarda Municipal veio aqui no sábado por volta das 16h e eu me neguei a sair da praça após ter pulado o portão para fazer a utilização. Eu não consigo entender porque nós temos que ser os únicos a ficar sendo expulsos da utilização da praça, quando a Praça Olímpica fica lotada de adolescentes bebendo, fazendo uma bagunça danada e o espaço que é adequado para a gente andar, não podemos”, destaca Yago.
O professor questiona por que academias, praças, clubes e demais locais de prática de esportes estão liberados enquanto uma praça em que o esporte é individual não pode.
“O projeto social que trabalho todo domingo às 10 da manhã eu faço na Praça Olímpica e no espaço que é adequado para fazer esse tipo de trabalho eu não posso realizar. Fica a duvida para quem que funciona esse decreto, enquanto bares estão lotados, enquanto clubes já estão em funcionamento, já tem piscina sendo utilizada, quadras de futebol recebem 24 pessoas para um esporte de contato… O nosso esporte é totalmente individual, é só o skate e os obstáculos, ninguém fica se encostando. Já enviamos três protocolos para a Secretaria de Saúde e até agora nenhum deles teve retorno positivo. É um protocolo para liberar apenas dois atletas a cada 60 minutos em uma praça deste tamanho e foi negado, mas na semana seguinte tivemos a liberação do cinema. Então a gente não consegue entender a prioridade do decreto da prefeitura”, explicou.
Yago enfatiza ainda que este protocolo que ofereceu foi elaborado pela federação de skate para controle de pessoas no local e seria facilmente cumprido, mesmo com um único servidor no local: “A praça tem um portão, conseguimos controlar quantos atletas forem necessários, aferindo temperatura, utilizando álcool em gel na entrada, diferente de qualquer outra praça no município, mas não é assim que é feito, é exatamente o contrário a todas as outras abertas e a que conseguiríamos controlar está fechada”.
Nossa reportagem entrou em contato com a prefeitura, pedindo um posicionamento com a explicação sobre o motivo pelo qual a praça não segue as mesmas regras das demais, porém a conclusão desta reportagem, não obtivemos resposta.
