Mochileiro – Marcello Medeiros

Teresópolis tem muitas opções para a prática de atividades físicas, entre elas o ciclismo. Quem pega a bicicleta e segue do centro da cidade para localidades do interior provavelmente vai voltar para casa um pouco cansado, dependendo da distância percorrida, mas recompensado depois de trabalhar condicionamento físico e tratar a mente em regiões bem deferentes do acinzentado cenário dos bairros mais populosos. Além disso, para que tem pouco tempo livre ou precisa se prepara antes de encarar longas distâncias, uma boa opção é utilizar o acostamento do trecho urbano da BR-116, também conhecida como “Rio-Bahia”, do Soberbo até o bairro da Prata.

Frequentemente é comum encontrar ciclistas se exercitando nessa via e, para os mais experimentados, dando até uma esticadinha maior no sentido da zona rural ou descendo o trecho de serra, já na área de Guapirimim. Em comum, para circuitos longos ou curtos, a beleza dos fragmentos de Mata Atlântica e os afloramentos rochosos protegidos por locais como o Parque Nacional da Serra dos Órgãos. Mesmo nas áreas com maior ocupação humana, como na área do Vale da Revolta ou Fonte Santa, o bom acostamento lateral à rodovia federal permite pedalar com pouco menos de preocupação do que na RJ-130, por exemplo, onde na maioria dos trechos os ciclistas precisam disputar espaço com os veículos.
De qualquer maneira, uma dica é ficar atento ao trânsito e procurar sinalizar a bicicleta o máximo possível, com sistema de luzes e vestimentas que permitam que o motorista perceba sua presença às margens da movimentada estrada. Um dos pontos mais comuns para quem faz o roteiro é logicamente o mirante do Soberbo, parando para contemplar o Dedo de Deus e as “vizinhas” Escalavrado, Dedo de Nossa Senhora e Cabeça de Peixe.

Circuito urbano
Uma dica de roteiro nessa região é sair do Centro, cruzar o trecho da rodovia BR-116 entre Soberbo e Prata e retornar para o Centro, um esquema circular que dá 25 quilômetros de distância. Caso ainda não tenha preparo físico para tal, comece indo ao Soberbo e retornando, somente pela Várzea e Alto, e depois vá aumentando as distâncias.

Qual bicicleta?
Afinal, qual é a melhor bicicleta para fazer esse e outros circuitos na região? A que você tiver em casa. Não se apegue à necessidade de um grande investimento para iniciar em um esporte. O importante é começar e, com o tempo, ir melhorando de acordo com o foco que tiver no ciclismo. Mais importante do que ter uma bicicleta que custe mais do que o valor de um carro é manter vivo o espírito de aventura. Ah, e sendo usada ou mesmo nova a sua “magrela”, não esqueça da manutenção em dia.

Atenção
Também se lembre de sempre andar equipado, principalmente utilizando capacete, levar água e pelo menos um pequeno lanche, e pelo menos ferramentas para trocar um pneu se necessário. Afinal, imagine furar a câmera de ar no meio da estrada e não ter ninguém para lhe resgatar? Com certeza a volta será muito mais difícil e demorada. Para saber mais sobre esse e outros roteiros na região, acesse o Instagram @mochileiro_marcello