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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Projeto “Casa Ana João” acolhe pessoas atípicas e seus familiares

Foco da iniciativa é dar oportunidade e visibilidade principalmente para as mães

Isla Gomes

A prevalência do autismo ou outros transtornos do desenvolvimento no Brasil é um assunto que vem sendo discutido há muito tempo, principalmente porque os dados mais recentes estimam que no Brasil dois milhões de pessoas tenham autismo. É muito importante lembrar que o número de atípicos aumentou por conta do avanço da ciência, que busca estudar e entender os transtornos. Além disso, por conta do avanço das pesquisas, as informações a respeito do Transtorno do Espectro Autista (TEA), por exemplo, se tornaram mais acessíveis. Nesse âmbito, o espaço Casa Vida (Centro de Bem-Estar e Desenvolvimento Humano), em Teresópolis, deu início a um lindo projeto chamado “Casa Ana João” que visa dar suporte às pessoas atípicas e seus familiares, visando principalmente o apoio às mães de crianças atípicas que diária e silenciosamente passam por muitas dificuldades.

“A Casa Ana João visa dar protagonismo aos cuidadores, aqui elas receberão uma série de capacitações de forma gratuita”, frisa Joanna Medeiros. Foto: Isla Gomes/O Diário

“A ideia da Casa Ana João nasceu através da minha inquietude de ver as mães sozinhas em casa, muitas delas divorciadas ou com um marido desempregado, elas recebem um auxílio chamado LOAS e esse auxílio impede delas trabalharem de carteira assinada, então a vida dela passa a estar voltada em apenas cuidar daquela criança, gerando baixa autoestima, angústia e diversas outras questões psicológicas por conta do sentimento de anulação, por tanto, esses quadros me geraram uma inquietude muito grande em querer de alguma forma ajudar tanto essas mulheres quanto seus filhos”, explica Gisele Aguiar, da Casa Vida, que conta com o apoio de mães voluntárias para colocar o projeto em andamento.

Serviços
“O ‘Casa Ana João’ traz infinitas possibilidades, nesse início estamos trabalhando com base em dois braços, o primeiro é o atendimento para os PCD´s, sejam crianças, adolescentes, adultos, de baixa renda, é nossa prioridade que essas pessoas recebam suporte, por estarem fora das clínicas pelo fato de não poderem pagar um plano de saúde. O segundo braço é o braço de capacitação das mães e cuidadores em geral dessas pessoas atípicas, quem se encontra nessa realidade sabe que essas pessoas exigem um cuidado integral, então muitas vezes, essas mulheres e cuidadores não conseguem trabalhar, fazer cursos, gerar dinheiro para o sustento de casa, e essas questões trazem muitos problemas para esses cuidadores, até mesmo de saúde mental, a Casa Ana João entra nesse âmbito para dar protagonismo aos cuidadores, aqui elas receberão uma série de capacitações de forma gratuita, eu como mãe de uma criança atípica e voluntária do projeto sinto muita gratidão de poder retribuir todo suporte e acolhimento que eu recebi e ainda recebo”, frisa a Jornalista Joanna Silveira, voluntária do projeto.

“Nós já temos um espaço como toda estrutura montada para oferecer serviços de psicomotricidade, fonoaudiologia, psicologia, odontologia”, pontua Aline Menezes. Foto: Isla Gomes/O Diário

“Nós já temos um espaço como toda estrutura montada para oferecer serviços de psicomotricidade, fonoaudiologia, psicologia, odontologia, ou seja, estamos com meio caminho andado já, que é a parte estrutural, agora só falta mais mãos de obra, então quem quiser, venha fazer parte desse projeto e serem protagonistas junto com a gente, principalmente você que é uma das mães da Casa Vida, você também faz parte desse novo capítulo”, ressalta outra voluntária, Aline Menezes.

Quem puder ajudar, ajude
“Sou mãe de dois filhos atípicos, então eu faço esse convite para todas as mães que assim como eu busca um espaço que lhe ofereça aprendizado, empreendedorismo e para recreação também para seus filhos, nesse espaço você vai encontrar toda uma estrutura organizada para realizações de feiras de artesanato, eventos que possam captar fundos para nossos projetos, cursos, e palestras onde poderemos compartilhar conhecimento, experiência e sentimentos”, pontua a voluntária Adriana dos Santos.

“Para o projeto Casa Ana João funcionar nós contamos com voluntários, patrocinadores e associados que venham nos ajudar”, explica Juliana Nepomuceno. Foto: Isla Gomes/O Diário

Como ajudar
Para o projeto funcionar são necessários voluntários, patrocinadores e associados, entre eles pais, mães, empresários, médicos que se possam se oferecer para participar e compartilhar seus serviços. “Em breve abriremos um setor de cadastro para que quem estiver interessado possa se inscrever como voluntário, associado, patrocinador ou beneficiário. Caso a pessoa queira doar outra coisa, ou ajudar de outra forma, basta comparecer aqui ou entrar em contato através do nosso Instagram (@casa.anajoao), inclusive quero aproveitar para convidar a todos para uma palestra que ocorrerá no dia 21 de outubro, às 10h, na Rua Coronel Silvio Lisboa da Cunha, 190, onde todo valor arrecadado será convertido para nosso projeto. O tema da palestra é ‘Vida Bem Vinda’ com a fisioterapeuta Kátia de Souza, e é possível se inscrever através do número (21) 97019-4093, com uma taxa de R$ 5”, conclui Juliana Nepomuceno, voluntária.

SAIBA MAIS
Instagram: @casa.anajoao
Email: anajoaotere@gmail.com
Endereço: Rua Ferreira de Castro, 117, Agriões


Edição 23/11/2024
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