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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Teresópolis registra, em média, quatro casos de estelionato por dia

Número de vítimas de golpes cresceu 13,2% em comparação ao mesmo período do ano passado

Marcello Medeiros

Foi o tempo em que os golpistas precisavam montar uma espécie de “operação” para identificar possíveis vítimas e agiam preocupados em serem abordados imediatamente após tomarem algum bem dessas pessoas, como nos casos de abordagens feitas em saídas de agências bancárias, após um período observando quem havia sacado dinheiro ou não. Hoje, usando um computador ou um simples telefone celular, a quilômetros de distância dos lesados e consequentemente também da polícia, os estelionatários praticam diariamente dezenas de tipos de golpes em todo o país. Diante dessa facilidade, é cada vez maior o número de casos registrados nas delegacias de polícia. Em Teresópolis, esse número cresceu assustadoramente nos últimos três anos. Em 2021, foram 566 ocorrências na 110ª DP. Em 2022, esse número passou para 992. Em 2023, somente até o mês de setembro o plantão da Polícia Civil já havia recebido 1123 comunicações envolvendo algum tipo de golpe.
Comparando o período de nove meses desse ano com o do ano passado, houve um aumento de 13.2%. Em média, Teresópolis registra 4,2 casos de estelionato por dia. Os números são do setor estatístico do Instituto de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro (ISP/RJ), que acompanha as ocorrências realizas nas delegacias. O levantamento mostra ainda que, em 2023, o mês com maior número de vítimas foi o de março, quando 150 pessoas sofreram algum tipo de prejuízo por acreditar em artimanhas, geralmente envolvendo algum pedido de ajuda ou oferecimento de facilidade. O que teve menos comunicações foi setembro, com 107 anotações. Em anos anteriores, para ultrapassar os três dígitos se levada de três a quatro meses.

Atenção no Whatsapp
“Oi Mãe! Armazena meu número novo. O outro ficará somente para trabalho, ok?!”. Assim começa uma conversa que pode terminar em grande prejuízo caso a pessoa não esteja atenta. Ela foi enviada via Whatsapp para uma cozinheira que inicialmente acreditou que estava falando com um dos seus três filhos e, que, caso não tivesse conseguido falar com o “de verdade”, poderia ter perdido R$ 2.345,00. Na continuidade da conversa, o golpista alegava ter tido a senha eletrônica bloqueada e que precisava do valor para pagar uma conta. Como a vítima disse que não sabia realizar transferência bancária, o estelionatário informou que emitiria um boleto para pagamento, que poderia ser feito até no dia seguinte. Quando o filho que havia tido a foto capturada para a utilização no golpe entrou em cena, o “171” parou de responder as mensagens.

Fique atento
Os golpes geralmente são bem elaborados, no entanto, o modus operandi dos criminosos é semelhante, de forma que é possível escapar de fraudes seguindo recomendações simples e atentando para alguns detalhes. Para Fábio Assolini, analista de segurança sênior da Kaspersky, “antes de concluir qualquer transação, é importante confirmar a autenticidade da história com o dono da conta por meio de um canal não acessível ao golpista. Vale enviar uma mensagem via WhatsApp ou fazer uma ligação telefônica, por exemplo”. Outra recomendação é observar os dados da chave Pix informada pelo criminoso. Segundo Assolini, “o envio de uma chave registrada em nome de terceiros é um dos indícios mais fortes de que se trata de um golpe”. Para evitar cair nos golpes via Whatsapp, ou qualquer outro meio, a dica principal é sempre desconfiar da facilidades ou histórias contadas e buscar a ajuda de terceiros, se necessário, antes de liberar qualquer tipo de valor.


Edição 23/11/2024
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