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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Famílias da Ilha do Caxangá contabilizam prejuízos após as chuvas

Residências foram invadidas após novo transbordamento do Rio Paquequer

Isla Gomes

As fortes chuvas que atingiram Teresópolis nessa terça-feira, 31, provocaram inundações em diversos pontos do município. O expressivo volume de chuva ocasionou o transbordamento do Rio Paquequer na Ilha do Caxangá, um local que sofre com recorrência por estar às margens do rio. Diversas famílias perderam eletrodomésticos, pertences pessoais, móveis e alimentos. Entre essas famílias se encontra a família da Lorrane Moura, que tem uma filha de cinco anos e um bebê de apenas três anos de idade, ela relata que teve sua casa invadida pela água a ponto de sua geladeira ficar boiando em meio ao lamaçal, ela alega que a sirene da Defesa Civil não tocou para alertar sobre os perigos da chuva.
Além da casa dela, por volta de mais 15 famílias perderam quase tudo para a chuva e aguardam auxílio das autoridades. “A tempestade inundou minha casa, jogou a geladeira no chão, molhou os pertences dos meus filhos, uma situação muito triste não só para mim, mas para todos os meus vizinhos que tiveram prejuízos incontáveis também, pelo menos umas 15 casas perto da minha ficaram inundadas, muitas famílias sofrendo e sem saber como vai se reerguer daqui para frente”, explica a moradora.

O expressivo volume de chuva ocasionou o transbordamento do Rio Paquequer na Ilha do Caxangá. Foto: Isla Gomes/O Diário

Defesa Civil e sirene
Lorrane relata que sentiu falta da sirene de alerta de chuvas fortes, ela conta ainda que a Defesa Civil demorou para prestar atendimento. “Veio um pessoal da Assistência Social e trouxe travesseio e cobertas, já que eu tinha perdido tudo, mas eles só vieram depois que os meninos do grupo de rap ADL insistiram muito pela ajuda. A Defesa Civil só chegou aqui depois que parou toda a chuva e ainda assim ficaram debatendo com a gente, nós chegamos a questionar se eles não deveriam ter mais funcionários para conseguir auxiliar a todos e recebemos uma resposta atravessada de indagação ‘mas vocês queriam que a gente tivesse quantos funcionários?’, eles me viram tiram meus pertences encharcados de água de dentro de casa para levar para o lixo e mesmo assim não me ofereceram ajuda, e para finalizar ainda afirmaram que todo dia dez tem teste de sirene para nos preparar para isso, mas eu respondi ‘do que adianta o teste se no dia da chuva a sirene não tocou?’ isso é um absurdo”, ressalta.

Solidariedade
Apesar dos seus próprios transtornos, Lorrane e sua mãe ainda saíram de casa para tentar ajudar os vizinhos. “Eu tenho dois filhos pequenos, tive que sair para buscar eles na escola e no caminho tentei ajudar as pessoas da vizinhança, com isso, eu e minha mãe quase fomos arrastadas pela correnteza, quando voltei para minha casa, toda água que eu avia conseguido jogar fora tinha voltado pelo bueiro, o carrinho de bebê do meu filho foi parar quase no teto, inclusive eu e minha família teremos que procurar auxilio médico para tomar injeções, por conta do contato intenso e demorado que tivemos com as aguas de enchente” conclui.

Lixo
Os moradores da Ilha do Caxangá estão descartando seus pertences pessoais, móveis, roupas, brinquedos e diversos objetos perdidos pela enchente, em uma caçamba próxima ao rio, porém, pelo fato da caçamba estar transbordando, não há mais espaço para o descarte e por falta de opções em momento de desespero, as pessoas continuam descartando os objetos no local. A preocupação geral agora é de uma nova onda de chuvas que possa provocar uma enchente que arraste todo esse lixo de volta para dentro das casas dos moradores.

O que diz a Defesa Civil
Em nota encaminhada ao Diário, a secretaria municipal de Defesa Civil de Teresópolis deve agir de acordo com o protocolo estabelecido em conjunto com o Cemaden RJ. O Cemaden RJ tem uma equipe que auxilia a Defesa Civil Municipal emitindo um aviso de recomendação quando o protocolo pré-estabelecido é atingido. Foi feito o acionamento das sirenes Rosário 1 e Rosário 2, Corta Vento e Três Córregos. Os acionamentos do Rosário 1, Rosário 2 e Corta Vento foram por cumprimento do protocolo. Em Três Córregos, foi devido ao grande volume de água que chegou à região por causa do transbordamento do Paquequer. “Em outros bairros, choveu forte, porém, não atingiram o volume pré-estabelecido pelo protocolo citado acima”, informa a nota. A Defesa Civil Municipal reforça ainda que todo dia 09 comunica as comunidades sobre o exercício simulado, por meio do próprio sistema, e todo dia 10, todas as sirenes instaladas no município são acionadas para teste.

Edição 22/11/2024
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