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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Trilhas e Rumos, quase 40 anos de história em Teresópolis

No “Mochileiro Podcast”, da Diário TV, Fernando Andreis conta a história da empresa que já levou o nome do município para vários cantos do mundo

Entrevistado da semana do “Mochileiro Podcast”, apresentado por Marcello Medeiros na Diário TV, Fernando Andreis, CEO da Trilhas e Rumos, empresa de material de montanhismo, aventura e lazer fundada e mantida em Teresópolis, conta a história da sua criação, a evolução dos materiais e produtos, mudança de mercado e a importância do município para a sua existência e evolução. Em 2024, a Trilhas completa 40 anos de existência e projeta continuar carregando ainda por muito tempo o nome da cidade para vários cantos do mundo. Afinal de contas, o material distribuído a partir do bairro do Meudon é reconhecido pela sua qualidade e durabilidade, já tendo sido exportado para alguns países do exterior – sem esquecer que quem geralmente o adquire faz das viagens seu estilo de vida.


“Tudo começou em 1984. Já frequentava Teresópolis por conta das trilhas, atividades de montanha que eu fazia por aqui, aí decidi que não queria continuar trabalhando como engenheiro de turbinas, que apesar de uma função bem remunerada não era o que eu queria para o meu futuro. Tentei outros negócios, mas lembrei do meu montanhismo, do hobby, aí tive a ideia de fazer uma barraca que não existia na época. As barracas tradicionais eram tipo canadense, com dois postes dentro, pesada, de lona, mas era o que tinha disponível, era isso ou excedente do exército, que se usava muito. A minha barraca usava armação de fibra, arco único, mais leve. Comecei a montar na minha garagem , com uma costureira. Já primeiro ano tive a sorte de conhecer em Teresópolis um piloto que participava do famoso Camel Trophy, que levou minha barraca e me deu uma enorme divulgação. Ela era uma opção diferente e funcionou bem. Aí a garagem foi ficando pequena e fomos para o bairro do Meudon, alugamos uma casa e depois fomos mudando, ampliando, até chegar onde estamos hoje. O segundo produto foi um saco de dormir, pluma, que fabricamos até hoje, aliás vendemos uns 300 mil até hoje, até grandes magazines vendiam. Aí uma coisa foi chamando a outra. O saco pedia uma mochila para carregar e fizemos a Trekking, que também temos até hoje, com modificações”, contou Andreis.

O CEO da Trilhas, Fernando Andreis, comentou ainda sobre a mudança de mercado, sendo necessária a utilização de parte de produção de fora do município. Foto: Diego Leal/Diário

O CEO da Trilhas comentou ainda sobre a mudança de mercado, sendo necessária a utilização de parte de produção de fora do município. “A gente hoje tem sempre obrigação de repensar o tempo todo o negócio em si, de mudar”, citou. Ele falou também sobre produtos que tiveram seu tempo e foram substituídos, da garantia oferecida pela empresa para casos de possíveis problemas na fabricação e da alegria de encontrar por aí equipamentos da sua empresa. “Sempre fico orgulhoso de ver alguém que tenha escolhido o nosso material para usar em uma viagem. Quando tenho oportunidade converso com a pessoa, sem me identificar, para ter uma opinião sincera, saber o que está achando. Ouço opiniões, críticas também acontecem, mas é isso que agrega bastante para desenvolver nosso o produto”, relatou.
Montanhista, motociclista e aviador, Fernando Andreis aproveita para testar os produtos que comercializa e também utiliza a própria experiência para pensar em outros que possam agradar ao mercado. Entre tantas aventuras por aí, ele comentou sobre as vivências com o lendário escalador teresopolitano Mozart Catão, que, junto com o paranaense Waldemar Niclevicz, foi o primeiro brasileiro a pisar no teto do mundo, o Everest. Aliás, quando chegou aos 8.848m de altitude, Catão utilizava uma mochila da Trilhas e Rumos. Além de apoiar o atleta, que faleceu em 1998, após uma avalanche na face sul do Aconcágua, na Argentina, Andreis o acompanhou em algumas aventuras, entre elas duas que entraram para o Guinnes Book: o recorde de pedal em altitude, no próprio Aconcágua, e o de tempo mais rápido no Kilimanjaro, na Tanzânia. “Ele queria fazer de bicicleta também, mas foi impedido. Assim, depois de fazermos a rota normal caminhando, ele foi analisando a subida, os pontos mais difíceis, e resolveu repetir a subida no dia seguinte no menor tempo possível, batendo o recorde de velocidade de ascensão da montanha”, contou o CEO da Trilhas e Rumos. Veja a entrevista, na íntegra, no canal da Diário TV no YouTube.

Edição 18/10/2024
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