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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Prefeitura desconhece causas de mais um incêndio no lixão

Fumaça deve continuar nos próximos dias. Parceria com INEA pode ser solução para o antigo aterro

Desde a noite da última quinta-feira, 28, moradores de diversos bairros têm registrado problemas relacionados à fumaça gerada por mais um incêndio no lixão do Fischer, outrora aterro sanitário, localizado às margens do quilômetro 75 da rodovia BR-116. Devido às proporções do fogo em uma das encostas do depósito de resíduos da prefeitura, fumaça e fuligem chegaram a localidades distantes dali, como na Tijuca e Bom Retiro, por exemplo. De acordo com informações divulgadas pela Assessoria de Comunicação da Prefeitura, equipe do 16º Grupamento de Bombeiros Militares esteve no local ainda na quinta-feira, mas devido ao horário e condições de acesso, somente pôde planejar o trabalho de contenção, iniciado na manhã desta sexta-feira com apoio de retroescavadeira da Secretaria Municipal de Serviços Públicos e de carros pipa da Cedae. As causas de mais um incêndio nesse local são desconhecidas. Situação parecida foi registrada em novembro do ano passado, quando a prefeitura informou que “se tratava de ataque criminoso”.

Ainda segundo a nota encaminhada para a redação do jornal O Diário e Diário TV nesta sexta à tarde, o incêndio havia sido controlado e equipe do Corpo de Bombeiros estava realizando o trabalho de rescaldo. Porém, a previsão era que o serviço continuasse até o fim de semana. “Como ainda há focos em profundidade, provavelmente será possível ver fumaça branca saído em alguns pontos ao longo dos próximos dias. Não foi possível apurar as causas do incêndio. A Defesa Civil calcula que o intenso calor dos últimos dias, aliado aos gases liberados pelo material orgânico depositado no aterro sanitário, tenha possibilitado o processo de combustão espontânea”, informou a PMT. 

Histórico de problemas
A grave situação do lixão do Fischer, transformado em aterro sanitário em 2009 e abandonado pelos governos seguintes, voltando assim ao preocupante status anterior, parece não ter fim. O espaço chegou a ser interditado pelo Instituto Estadual do Ambiente (INEA) e Promotoria de Justiça do Meio Ambiente no ano de 2018, no governo Mario Tricano. Atualmente, enquanto funciona por conta de liminar, ainda está sendo discutida uma solução. Porém, o volume de descarte diário de resíduos continua sendo grande e consequentemente não há mais espaço físico para tal função. Em agosto daquele ano, representantes de várias entidades, sociedade e governo sugeriram várias alternativas de ação para aumentar a vida útil do espaço. Na ocasião foi informado que as propostas discutidas deveriam ser apresentadas ao Ministério Público para efetivação de um plano definitivo. Entre as ações foram apontadas possibilidades de construção de duas células sobrepostas para deposição final dos resíduos. Além disso, assuntos como a queima e controle do biogás, controle do chorume, monitoramento geotécnico e drenagem das águas pluviais também foram debatidas. Sobre as alternativas para reduzir o volume de lixo depositado no local, foram sugeridos acordo com os grandes geradores de resíduos, com o setor da construção civil e com os produtores de hortaliças, além de aprimoramento do programa de coleta seletiva no município. “Para o custeio das operações de manutenção do aterro controlado, que requer equipamentos e veículos, entre outros maquinários e tecnologias, foram propostas a cobrança pela deposição dos detritos e a busca de outros recursos como, por exemplo, do ICMS Ecológico e de compensações ambientais”, informou a prefeitura na ocasião. Porém, nada mudou desde então.
No dia 6 de março de 2018, fiscais do Instituto Estadual do Ambiente, acompanhados de representantes do Ministério Público, passaram a manhã no quilômetro 75 da Estrada Rio-Bahia, no bairro do Fischer. O motivo da fiscalização foi analisar a situação do outrora aterro sanitário do município, inaugurado 11 anos atrás e um depósito de lixo a céu aberto. Após várias horas de trabalho de campo, e constatação que o local não poderia estar sendo mais utilizado, pois além da sobrecarga faltam todos os requisitos exigidos para o funcionamento de empreendimento do tipo, o local foi interditado. Uma semana depois, a prefeitura conseguiu uma liminar para liberar o funcionamento do local até conseguir viabilizar uma solução alternativa.  Na última quarta-feira, 27, o Presidente do INEA, Phillipe Campello, participou de reunião com o prefeito Vinicius Claussen para tratar de vários temas, entre eles a parceria para solucionar o problema do Fischer.

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Edição 23/11/2024
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