As realidades distintas entre as redes particular e pública de ensino em Teresópolis foram levadas até o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) através de reuniões com donos de escolas e com o sindicato que representa os professores. Enquanto os representantes das escolas apresentaram um proposta de retorno seguro e cobram a liberação imediata para a retomada, os sindicalistas relataram que as escolas públicas não têm a mesma capacidade e as atividades presenciais só aceitam atividades presenciais após a vacinação de professores e alunos.
O promotor de Justiça Rafael Luiz Lemos de Souza recebeu nesta terça-feira (26) um grupo de representantes dos donos de escolas e recebeu um documento em que eles pedem a autorização para voltar a receber seus alunos presencialmente.
“Eu como titular defendo o retorno imediato das aulas presenciais tanto no ensino público quanto no particular. É imprescindível que as crianças retornem. Não é aceitável que um segundo ano letivo seja perdido. Para crianças entre 4 e 7 anos isso é uma verdadeira tragédia, não se recupera em nenhuma outra fase da vida. O MP já está fazendo diversas reuniões com prefeito, secretária de Educação, secretário de Saúde para que a gente execute o plano que o Município apresentou o mais rápido possível, fazendo as transições de percentual o mais breve possível até alcançar os 100% de alunos nas escolas”, enfatizou o promotor.
Na reunião, o representante do grupo se pronunciou: “Somos 25 escolas pleiteando a abertura gradual e responsável das escolas particulares no sentido de ser uma opção dos pais e precisamos defender os empregos das pessoas, a evolução das crianças, pois muitas estão regredindo. Somos donos das escolas e por isso nos preparamos há muito tempo e temos condições para uma abertura responsável. Trazemos até o Ministério Público este documento que também já entregamos ao prefeito”.
Sindicato alerta sobre rede pública
O Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe) de Teresópolis também teve a oportunidade de expressar o seu posicionamento nesta segunda-feira, ao receber uma visita do Promotor de Justiça Rafael Lemos.
De acordo com o relatado pela representação sindical, o retorno presencial nas escolas públicas tomou grande parte da conversa e o promotor destacou todos os argumentos que tem favoráveis ao retorno das aulas e que também já tinha conhecimento das reivindicações do Sepe.
A direção do Sepe informou que os professores trabalharam muito para evitar ao máximo os prejuízos aos estudantes e que as dificuldades na rede públicas são muito grandes, principalmente em questão de estrutura, uma vez que os donos de escolas investem em mudanças, enquanto perceberam ações no mesmo sentido dos governantes.
Além disso, o sindicato relata o crescimento do contágio da Covid-19 e da necessidade de disponibilizar a vacina para os profissionais da Educação.
Outra demanda passada foi a necessidade de se trabalhar pelo segurança das crianças tanto na parte psicológica, quanto na social, pois muitas se encontram vulneráveis neste período em que precisam ficar em casa.