Após quase uma semana de muito trabalho, sobraram apenas escombros do prédio de três andares localizado na Estrada José Gomes da Costa, na Posse, considerado um “símbolo” da maior catástrofe ambiental do país, em 12 de Janeiro de 2011. A demolição teve início na véspera da data que a Tragédia completou uma década, com a presença do governador em exercício, Cláudio Castro, e outras autoridades políticas. Além do prédio de três andares, imóveis vizinhos também afetados naquela madrugada foram derrubados. A expectativa é que a área seja limpa nos próximos dias. “O imóvel do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) se tornou um marco da tragédia causada pelas chuvas há dez anos. No lugar do prédio, será construído um reservatório para as águas das chuvas”, prometeu o governo estadual na semana passada.
Até o momento não foi informado se outros bairros afetados pela Tragédia de 12 de Janeiro de 2011 serão contemplados pelo serviço de demolição e retirados de escombros. Em diversos deles, o que sobrou de imóveis atingidos total ou parcialmente por enxurradas ou deslizamentos de terra continua “assombrando” moradores e atrapalhando o desenvolvimento dessas comunidades. Em alguns, moradores voltaram a ocupar residências que deveriam ter sido levadas ao chão anos atrás. Um desses exemplos é a Vila Muqui. Imóveis que desde os primeiros meses daquele ano têm a sinalização da Defesa Civil para a derrubada continuaram de pé e, nos últimos anos, voltaram a ser ocupados. Um deles, por pessoas que estariam em condição de rua e teriam se aproveitado da ausência do poder público.