Cadastre-se gratuitamente e leia
O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
em seu dispositivo preferido

Novas edificações deverão ter reservatório de águas pluviais

Sistema também será exigido após reforma que aumente a edificação em, pelo menos, 100m²

Os projetos de novas edificações a serem construídas no estado do Rio deverão ter reservatórios de acumulação de águas pluviais. É o que determina a Lei 9.164/20, de autoria dos deputados Samuel Malafaia (DEM) e Luiz Paulo (Cidadania). A medida foi sancionada pelo governador em exercício, Cláudio Castro, e publicada no Diário Oficial do Executivo desta terça-feira, 29. O objetivo da lei é a acumulação das águas das chuvas para fins não potáveis e de reservatório de retardo, para preservação ambiental e posterior descarga das águas das chuvas na rede pública de drenagem. A medida valerá para as edificações unifamiliares, ou seja, imóveis por até duas unidades residenciais, que tenham coberturas ou telhados superiores a 100 metros quadrados. O texto ainda prevê que, havendo reformas que aumentem a área desses edifícios, os reservatórios serão exigidos, desde que o acréscimo no tamanho seja igual ou maior que 100 metros quadrados. O equipamento não será obrigatório para as edificações familiares com superfície permeável equivalente a pelo menos 25% do terreno.
Também deverão ter reservatórios de águas pluviais as edificações multifamiliares, shoppings centers, hospitais ou edificações públicas que tenham áreas impermeabilizadas, coberturas, telhados, lajes ou pisos com tamanho igual ou superior a 360 metros quadrados. Nos casos desses edifícios, também será necessário reservatório de água cinza clara, que é a proveniente de chuveiro, banheiro, lavatório, tanque ou máquina de lavar. Esse segundo reservatório só não será obrigatório em edifícios comerciais de pequeno porte, com acesso direto à rua, com consumo de água menor que 10 metros cúbicos por mês.
A construção dos reservatórios terá que seguir as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). O sistema predial de água não potável deverá ser projetado e operacionalizado por profissionais habilitados, conforme determinação da ABNT. A proposta também estabelece uma série de normas, medidas e funções dos reservatórios – referenciado ainda o Marco Geral do Saneamento Básico – Lei Federal 14.026/20.
Samuel Malafaia afirma que a norma é importante devido às mudanças climáticas que estão acontecendo no planeta Terra. “O grande drama de nossa sociedade, a curto prazo, será a escassez de água, principalmente em tempos de seca, ou seja, no inverno. Vivemos mudanças climáticas profundas no planeta, inclusive no Brasil. Observa-se o derretimento de geleiras em velocidades atípicas, as queimadas na Califórnia, e, principalmente o desmatamento e as queimadas na Região Amazônica e no Pantanal, que são dignos de intensas preocupações”, declarou o parlamentar.

Veto
O governador em exercício vetou um artigo do projeto de lei aprovado pelo Alerj, que ainda poderá ser derrubado em votação pelos parlamentares. O artigo vetado obrigava que a Agência Reguladora de Saneamento (Agenersa), no transcorrer do exercício de 2021, determinasse que as concessionárias de água e esgoto do Estado do Estado do Rio, sob sua fiscalização, não mais praticassem o conceito de consumo mínimo de água para qualquer tipo de estabelecimento residencial, comercial, industrial ou público, como forma de preservação ambiental da água.“Urge esclarecer que neste caso, a matéria não é de meio ambiente, mas sim de saneamento básico, portanto, não sendo o Estado o titular destes serviços e sim a Região metropolitana ou os municípios, na forma decidida pelo Supremo Tribunal Federal na Ação Direta de Inconstitucionalidade 1842. Portanto, o Estado não tem competência para dispor sobre critérios específicos de fixação de tarifa”, justificou Castro.

 

Tags

Compartilhe:

Edição 03/05/2025
Diário TV Ao Vivo
Mais Lidas

Parque Nacional sediará mais uma Abertura da Temporada de Montanhismo

Donna Tê realiza ‘Chá das Mães’ com buffet liberado

Caminho das Centenárias, uma trilha cheia de riquezas no Parque Estadual dos Três Picos

Câmara cobra a criação de uma agência local para fiscalizar a Águas da Imperatriz

Chuvas mantém cheia a antiga Barragem do Triunfo, em Teresópolis

WP Radio
WP Radio
OFFLINE LIVE