Wanderley Peres
Deve ser apresentado na sessão da Câmara Municipal desta terça-feira, 7, voto de repúdio ao prefeito Vinícius Claussen pela desídia em abrir ao público a creche Elza Carradini, no Bom Retiro. Fechada desde o ano passado, para reforma, depois da unidade estar pronta, as 120 crianças que dependem do seu funcionamento não vêm sendo atendidas porque “o prefeito não tem agenda para a inauguração”, disse o vereador Marcos Rangel, autor da proposta.
Outro problema para a não abertura da creche, verificado pelo SEPE-Teresópolis em visita, nesta segunda-feira, 6, às instalações da creche, é que, mesmo após todas as adaptações necessárias, a unidade segue fechada porque não tem professor, visto que só tem um docente para atender as 9 turmas existentes. “A creche está fechada desde o final do ano passado, com isso mais de 120 crianças e famílias vem deixa de ter acesso à educação, reclama Flavio Moraes, do SEPE. “Por que tem de fazer inauguração, e festa? As crianças precisam ocupar o espaço e o prefeito não tem tempo para cumprir a sua obrigação”, reclamou o vereador Marcos Rangel, que apresentou o pedido e o retirou da pauta, não tendo sido votado o repúdio na última sessão, porque os vereadores governistas abandonaram o plenário. “Vamos votar na terça-feira, e quero os votos de todos os vereadores, contra ou a favor desta sacanagem”, disse.
PEDIDOS DE INFORMAÇÃO
Requerimento de número 32, apresentado somente em 2024, alguns referentes a questionamentos já feitos ao governo e respondidos vagamente, na sessão anterior, de terça-feira passada, 30 de abril, o vereador André do Gás teve aprovado, por unanimidade, requerimento de informações ao Executivo Municipal, sobre a cobrança de água dos prédios municipais após a concessão.
A Câmara quer saber quantos e quais imóveis da municipalidade estão pagando conta de água, próprios ou cedidos e alugados à Prefeitura, com os endereços e as secretarias que atendem; a listagem de quais foram os valores cobrados pela empresa Águas da Imperatriz em cada endereço citado, desde o início da concessão até a presente data, mês a mês; e a diferença média mensal dos valores cobrados anteriormente pela Cedae e, agora, pela empresa Águas da Imperatriz para os imóveis utilizados pela Prefeitura.
“Inúmeras denúncias que chegam ao gabinete, e o pedido de esclarecimento é dever constitucional de fiscalização do mandato. Precisamos saber sobre essas cobranças de água, quanto está sendo pago, porque não se pagava conta de água antes nos prédios públicos, e porque essas contas podem não estar sendo pagas, acumulando dívidas do atual prefeito para o próximo, e a população precisa saber disso”, defendeu o pedido André do Gás.
Na sessão seguinte à da véspera do dia do Trabalho, no dia 2 de maio, a Câmara aprovou mais uma leva de pedidos, dando mais trabalho para o governo arranjar desculpas, ou mentiras, ou a almejada verdade, se ela puder ser dita, sobre diversas outras questões, desta vez, na saúde.
São sete os pedidos de informação aprovados, pecados capitais que a administração municipal estaria cometendo na área da saúde e que foram observados pelo vereador Fidel Faria, autor dos requerimentos, todos aprovados por unanimidade.
Entre os supostos desmandos e desleixos, e as dúvidas dos vereadores na área da saúde, o prefeito terá de informar, por exemplo, quantas consultas o HSJ prestou ao município e as especialidades antes da cessação do contrato. E, se houve recontratação do serviço de consultas e de cirurgias em outros hospitais com o encerramento do contrato e qual o valor das dívidas pelos serviços e pelos insumos emprestados.