A Comissão de Prevenção ao Uso de Drogas e Dependentes Químicos em Geral, da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), discutiu o tema “Compreender o Uso de Drogas na Comunidade” nesta segunda-feira (24), em audiência pública realizada no plenário da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ). Durante a reunião, ficou definido que a comissão ampliará esse debate com audiências em municípios do interior. “A gente sabe que cada município tem a sua particularidade. Os problemas de um município da Baixada Fluminense não são os mesmos que os da capital. Queremos entender as dificuldades e as projeções na questão da prevenção, além de potencializar a experiência de outros municípios quanto à ressocialização de pessoas que têm tido as drogas como uma dependência química na sua vida”, disse o presidente da comissão, deputado Danniel Librelon (REP).
Librelon informou, ainda, que o Estado do Rio deu um importante avanço na questão da ressocialização de dependentes químicos. Segundo o parlamentar, o estado contava apenas com duas clínicas credenciadas e agora o número passa de 30. “Hoje, o Governo Federal disponibiliza recursos para clínicas de ressocialização de dependentes químicos e o nosso estado estava muito fora da realidade do país. Em uma reunião em Brasília, nos apresentaram que Alagoas tinha 28 clínicas, enquanto o nosso estado contava apenas com duas. Conseguimos avançar com mais de 30 clínicas credenciadas para receber o recurso, e agora também buscamos clínicas que têm mostrado dificuldades com burocracia e documentação para também receberem as pessoas e os recursos”, explicou o parlamentar.
Segundo o presidente da Comissão de Políticas Sobre Drogas da OAB, Wanderley Rabello Filho, dos 92 municípios fluminenses apenas 10 têm os seus conselhos antidrogas ativos. Para ele, a parceria entre a Alerj e a OAB pode incentivar o estabelecimento desses equipamentos. “A OAB tem 65 subseções espalhadas pelo Estado do Rio, então eu acho que, com a Alerj, o poder de convencimento é maior para que os municípios, a população e principalmente as autoridades municipais se engajem nesse tema de grande relevância, porque o problema de dependência química vem aumentando no mundo inteiro, principalmente depois da pandemia”, frisou.