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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Floração do Ipê-rosa “ilumina” o canteiro central

Exemplar da espécie que mantém inflorescência e beleza única se destaca na Reta

Marcello Medeiros

Alguns anos atrás um grupo político encostado no Palácio Teresa Cristina teve a absurda ideia de acabar com o canteiro central, removendo todas as árvores e “abrindo mais espaços para os carros”. Felizmente, tal projeto não foi para frente e nem o bando se reelegeu. Assim, além da importância ecológica desse corredor vegetal, teresopolitanos e turistas podem continuar contemplando a floração de diversas espécies, que vão se “revezando” ao longo do ano e mantendo a região central ainda mais bonita. Atualmente, o principal destaque na Reta é um exemplar de Tabebuia rósea (Bertol.), o popular Ipê-rosa.
Plantado na Avenida Lúcio Meira, quase em frente ao Colégio Estadual Edmundo Bittencourt, o espécime e sua grande inflorescência na cor rosa chama a atenção em qualquer hora do dia, mesmo quando não está sendo iluminado pelo Sol. São vistos de longe os grandes conjuntos de flores rosadas, que parecem ser uma flor única por conta do sistema de ramos dispostos de maneira variada. Há quem os compare com as bolinhas de decoração das árvores natalinas, mas quando se olha de mais perto, ou nas que estão pelo chão, fica evidente que são conjuntos de pequenas flores.
O Ipê é amplamente distribuído em nosso país, em diferentes cores, tendo um histórico muito grande de utilização pelo ser humano no paisagismo. Outro motivo para se escolher o Tabebuia é que sua fácil integração com variados biomas permite agilizar o processo de recuperação de uma área degradada. Quando se fala no valor da manutenção do canteiro central como trampolim ecológico, o Ipê-rosa é frequentemente procurado por algumas espécies de beija-flor, como o Bico-reto-de-banda-branca (Heliomaster squamosus), o Beija-flor-preto (Florisuga fusca) e o Beija-flor-de-veste-preta (Anthracothorax nigricollis), que ajudam na sua polinização.

O nome
De origem da língua indígena Tupi, Ipê significa “casca dura”, tendo entre os nomes populares o “pau d´arco”. De grande porte, pode atingir 30 metros de altura nos que estejam protegidos por florestas. O tronco varia entre 60 e 80 centímetros de espessura e corresponde a cerca de um terço do seu tamanho. Além do exemplar em destaque nessa reportagem, há diversos outros floridos em Teresópolis, entre eles um dentro de uma residência na Avenida Delfim Moreira, no Vale do Paraíso.

Como plantar
A coleta das sementes pode ser feita diretamente da árvore assim que os frutos começarem a se abrir. Colhidos, devem ser deixados ao sol protegidos por tela fina para completar a abertura e liberação das sementes. Importante frisar que o plantio deve ser feito poucos dias após a coleta, visto que as sementes do Ipê perdem sua capacidade germinativa muito rapidamente.

São vistos de longe os grandes conjuntos de flores rosadas, que parecem ser uma flor única por conta do sistema de ramos dispostos em sistema de inflorescência. Foto: Marcello Medeiros

Edição 05/10/2024
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