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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Golpes: média é de pelo menos quatro vítimas por dia em Teresópolis

Internet e redes sociais facilitam a ação de estelionatários, que têm feito cada vez maior número de vítimas

“Nem tudo que reluz é ouro….”. A frase é antiga, bastante batida, mas parece que muita gente ainda não aprendeu o seu significado. Por isso, é cada vez maior o número de vítimas de todo o tipo de golpe em Teresópolis, situações que em muitas vezes poderiam ter sido evitadas se a pessoa prestasse o mínimo de atenção no negócio que está se envolvendo. No início da semana, por exemplo, um homem procurou a 110ª DP para reclamar ter feito o depósito de R$ 500 para comprar uma televisão de 50 polegadas, depois de receber um anúncio pelo WhatsApp, e não ter recebido o produto. Como esse tipo de equipamento custa pelo menos cinco vezes mais, seria fácil perceber a ilicitude. De acordo com dados do Instituto de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro (ISP-RJ), somente entre janeiro e maio de 2024 foram 644 comunicações de casos de estelionato em Teresópolis, uma média de 4,2 notificações por dia.
Ampliando para um período maior, a média é basicamente a mesma. Em todo o ano passado, 1496 moradores do município estiveram na 110ª DP para comunicar terem sido vítimas de algum tipo de golpe, enquanto que em Nova Friburgo, que tem índice populacional parecido, esse número chegou a 1324. Nos primeiros cinco meses do ano, porém, o município vizinho superou Teresópolis, com 838 registros de estelionato. A grande maioria dos casos envolve transações realizadas virtualmente, seja por aplicativos de conversa ou sites falsos, para onde as pessoas são direcionadas após propagandas em redes sociais, por exemplo. É preciso ficar muito atento. Também no começo da semana, foi registrada em Teresópolis outra modalidade que tem ocorrido com frequência: o golpista anuncia um veículo que não é seu, replicando fotos e informações da propaganda original, e quando surge um comprador ele faz uma espécie de intermediação sem que o dono “de verdade” saiba. Na hora de fazer o pagamento, porém, a pessoa acaba recebendo a conta do estelionatário.

Atenção no Whatsapp
“Oi Mãe! Armazena meu número novo. O outro ficará somente para trabalho, ok?!”. Assim começa uma conversa que pode terminar em grande prejuízo caso a pessoa não esteja atenta. Ela foi enviada via Whatsapp para uma cozinheira que inicialmente acreditou que estava falando com um dos seus três filhos e, que, caso não tivesse conseguido falar com o “de verdade”, poderia ter perdido R$ 2.345,00. Na continuidade da conversa, o golpista alegava ter tido a senha eletrônica bloqueada e que precisava do valor para pagar uma conta. Como a vítima disse que não sabia realizar transferência bancária, o estelionatário informou que emitiria um boleto para pagamento, que poderia ser feito até no dia seguinte. Quando o filho que havia tido a foto capturada para a utilização no golpe entrou em cena, o “171” parou de responder as mensagens.

Recentemente, a reportagem do jornal O Diário e Diário TV buscou a palavra do delegado titular da 110ª DP, Dr. Márcio Dubugras, sobre o aumento de golpes aplicados sobre a sociedade. Foto: Arquivo Diário

Trabalho da polícia
Recentemente, a reportagem do jornal O Diário e Diário TV buscou a palavra do delegado titular da 110ª DP, Dr. Márcio Dubugras, sobre o aumento de golpes aplicados sobre a sociedade. “O crescimento dos crimes de estelionato dos golpes é um crescimento mundial, a tecnologia facilitou que pessoas, especialmente hackers, consigam obter informações pessoais, números de cartões, códigos de segurança, validade do cartão, isso aí facilita que as pessoas realizem esse tipo de golpe”, explicou o delegado. O maior problema atualmente para combater esse tipo de crime é que eles agora não dependem da presença do golpista diante da vítima, como revelou o delegado. “Antigamente o estelionato era praticado de forma pessoal. O golpista ia à casa de alguém, solicitava informações como se fosse representante de um banco, informando que era um recadastramento de dados, recadastramento de senha e aí aquela pessoa era enganada e se tornava vítima de um golpe. Tinha também caso de cheques em nome de terceiros quando se falsificavam as assinaturas, são alguns exemplos”, pontuou o policial.
Dr. Márcio alertou que é preciso ter atenção redobrada em qualquer tipo de transação feita virtualmente. “Pelo menos 50% dos registros de crimes em Teresópolis são de crimes de estelionato. Por tanto muito cuidado, muita cautela, a tecnologia auxilia muito, mas as pessoas têm que estar preparadas pra evitar que se caia em um golpe principalmente acessando informações desconhecidas”. O delegado recomenda cuidado em abrir mensagens, links supostamente enviados por banco, e-mails desconhecidos e desconfiar de ofertas de prêmios. “Se você tiver um pouco de atenção vai evitar a ação criminosa, desconfie sempre, mesmo que a pessoa diga que é um parente seu e está em dificuldade financeira”, alerta, referindo-se aos conhecidos golpes que utilizam o aplicativo de mensagens WhatsApp.


Edição 28/09/2024
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