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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Após 42 meses fechado, Hemonúcleo será administrado por “instituição” após dispensa de licitação

Prefeitura contratou empresa para funcionamento e manutenção do banco de sangue

Wanderley Peres

O Prefeito Vinicius Claussen vistoriou na última terça-feira, 30, a última etapa da reforma e remodelação do Hemonúcleo Municipal de Teresópolis, de “realinhamento técnico, da refrigeração dos ambientes e de redivisão das salas”. A visita do prefeito ocorreu exatamente três anos depois do prazo que a obra deveria ter sido entregue, em julho de 2021. Iniciada em janeiro de 2021 para ficar pronta em julho do mesmo ano, a interminável reforma tem previsão de ser entregue agora, “na segunda quinzena de agosto”, sem precisar a data de reabertura do espaço vital o governo.

A visita ocorre dois anos e meio depois de outra, feita em 30 de novembro de 2021, quando Vinícius estava acompanhado de três ex-secretários municipais, o de Saúde, Antonio Henrique; o de Obras Públicas, Ricardo Pereira; e o secretário de Fiscalização de Obras Carlos Antônio, quando o motivo técnico da enrolação era o de acompanhar a “readequação e modernização dos equipamentos”.

A notícia está no DIÁRIO DE TERESÓPOLIS e, também, no site da Prefeitura, quando a imprensa já reclamava da demora de quase um ano do fechamento da unidade de saúde, espaço vital que recebia, em média, 200 doações de sangue por mês e existia no município desde 2001, sendo referência na região, atendendo os municípios vizinhos de São José do Vale do Rio Preto e Guapimirim, quando se fazia, também, no banco, doações de sangue para hospitais de Nova Friburgo, Magé e Rio de Janeiro.

“Em breve [enganou o prefeito em novembro de 2021] iremos inaugurar o novo prédio, com melhorias na estrutura e nos equipamentos para que a equipe de saúde possa prestar o melhor serviço e para que os teresopolitanos possam fazer essa doação que ajuda a salvar vidas. A obra segue todas as determinações da Anvisa, que busca humanizar os atendimentos, afirmou o Vinicius Claussen”, propagandeou a assessoria de imprensa do governo, lembrando que a obra consistia na “construção de dois novos sanitários masculino e feminino e de um adaptado para pessoa com deficiência; substituição de bancadas e cubas e instalação de armários; troca geral das instalações elétricas, incluindo colocação de alarme para sanitário PCD; nova forração e colocação de revestimento cerâmico nas paredes das salas da área técnica; correção de pontos de infiltração; colocação de piso tátil nas áreas externa e de espera e pintura geral são alguns dos serviços realizados”.

Deixando o tempo passado para trás, e voltando ao tempo de agora, quase quatro anos depois do fechamento do Hemonúcleo Municipal, a vistoria recente foi acompanhadas pelos secretários municipais Clarissa Rippel Bolson Guita (Saúde), Andréa Pinheiro (Fiscalização de Obras), Ricardo Pereira Júnior (Projetos Especiais) e equipes, junto com o técnico de edificações, Raphael Rabello, e o técnico de eletrotécnica, Gilliard Canto Tavares, da empresa MPE Engenharia, que finaliza as readequações solicitadas pela Vigilância Sanitária Estadual e o Hemorio, para que o Hemonúcleo cumpra todos os protocolos técnicos e sanitários de atendimento.

Entre as recentes mudanças “estão a readaptação das luminárias e do sistema de refrigeração dos ambientes”, e as novidades estariam nas salas de recepção e cadastro, triagem, coleta, estabilização de doadores, de lanche, descarte e sanitários, o Hemonúcleo Municipal conta com espaços para fracionamento, rotulagem, medição de compatibilidade, testagem e armazenamento, dispensação e quarto de plantonista, além de serviços como filtragem de hemácias e testagem do sangue coletado, cujo material era enviado para ser analisado no Hemorio, passarão a ser feitos no próprio Hemonúcleo.

R$ 500 MIL POR MÊS

O funcionamento e manutenção corretiva e preventiva da unidade, bem como o fornecimento de insumos, equipamentos técnicos e administrativos, de parte do mobiliário e de recursos humanos ficarão a cargo da Fundação Pró-Instituto de Hematologia-RJ – FUNDARJ, contratada pela Secretaria Municipal de Saúde para gerenciar o Hemonúcleo por cerca de meio milhão de reais por mês, ou “R$ 5.960.526,36 (cinco milhões e novecentos e sessenta mil e quinhentos e vinte seis reais e trinta e seis centavos)”, conforme edital publicado em 5 de julho passado. Na publicação, de contratação da Fundarj, a Prefeitura informou o valor de R$ 3.571.961,76, em 15 de julho, mas não precisou o período da contratação, conforme ilustração.

NA CÂMARA

A embromação do prefeito para a entrega da obra, que deveria durar 6 meses e já dura três anos a mais que o prazo previsto, repercutiu na Câmara Municipal nesta quinta-feira, 1.

“O prefeito faz visita, anuncia que vai entregar a obra, mas enrola e não entrega nada. Agora, visitou de novo as obras, e disse que vai reabrir o hemonúcleo, mas não faz nada, além de prometer. Por isso, entrei com novo pedido de informações, e temos que exigir urgência para a reabertura desse espaço de saúde, que é questão de vida ou morte para quem precisa de sangue. E essa reabertura do Hemonúcleo deveria ter sido entregue três anos atrás, porque era obra para demorar seis meses e já dura quase quatro anos”, disse a veradora Márcia Valentim. “O prefeito faz foto e selfie, diz de novo que vai reabrir, mas nada faz nada de bom e as pessoas que precisam doar sangue tem que fazer vaquinha para viajar, e buscar carona para outra cidade, para a doação de sangue, se esquecendo o prefeito que sangue é vida, e é necessário que o ele devolva rápido o Hemonúcleo”, disse, comparando o atual governo a um enxame de gafanhotos, que devastou o campo plantado na cidade por outros governos. “O prefeito provoca confusão entre servidores do estado e do município, devastando o campo plantado pelos outros governos, fechando escolas e postos de saúde. O prefeito é como um gafanhoto, que está devastando o que foi plantado”, concluiu.

Edição 22/11/2024
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