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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Estácio Teresópolis inicia parceria com a Secretaria dos Direitos da Mulher

Curso de Psicologia participa de iniciativa considerada crucial para enfrentar a violência e apoiar as vítimas

O recém-lançado Atlas da Violência, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), indica que Teresópolis é o município da Região Serrana com a maior taxa de homicídios estimados por 100 mil habitantes. Segundo a pesquisa, que utiliza dados referentes ao ano de 2022, a cidade ocupa a 176ª posição, com 33 assassinatos registrados e uma taxa de 20 mortes na média populacional estudada. Em comparação, Nova Friburgo, na 276ª posição, registrou 17 mortes, com uma taxa de 9,0, enquanto Petrópolis, na 278ª posição, teve 28 homicídios e uma taxa de 10,0.
Diante desse cenário alarmante, a parceria entre o curso de Psicologia da Estácio Teresópolis e a Secretaria dos Direitos da Mulher se destaca como uma iniciativa crucial para enfrentar a violência e apoiar as vítimas. O campus da Estácio em Teresópolis atua como um Polo de Acolhimento a mulheres vítimas de violência e relações abusivas. Ana Cristina Fabbri, coordenadora do curso de Psicologia, explica a importância dessa colaboração: “Este apoio é fundamental para ajudar as vítimas a procurarem a Secretaria dos Direitos da Mulher, fortalecer a autoestima e desenvolver estratégias para sair de situações abusivas, contribuindo significativamente para a prevenção da violência contra a mulher na região”.
A relação entre saúde mental e violência contra a mulher é essencial na abordagem e prevenção desse problema. O apoio psicológico proporciona um espaço seguro para as vítimas expressarem suas experiências, processarem traumas e reconstruírem a autoestima. Terapias individuais e de grupo ajudam na resiliência e recuperação emocional das mulheres afetadas. Além disso, programas de intervenção para agressores visam modificar comportamentos violentos e prevenir reincidências. “Educação e conscientização sobre a saúde mental e a violência de gênero desempenham um papel vital na transformação de atitudes e comportamentos dentro da comunidade”, destaca Fabbri.


A Lei do Feminicídio (Lei 13.104/15) é um marco legal importante, mas há uma crescente demanda por políticas públicas robustas e apoio psicológico para prevenir tais tragédias. Fabbri reforça que o apoio psicológico é crucial, pois ajuda a tratar traumas, fortalecer a autoestima e desenvolver estratégias de enfrentamento. “A terapia pode auxiliar vítimas a reconhecer sinais de relacionamento abusivo, buscar ajuda e tomar medidas de proteção. Para agressores, o acompanhamento psicológico pode trabalhar questões como controle da raiva e ressignificação de comportamentos violentos. Esse suporte é essencial para romper ciclos de violência e promover relacionamentos mais saudáveis e seguros”, afirma.
O Atlas da Violência destaca que, no Brasil, foram registrados 46.409 homicídios em 2022, resultando em uma taxa de 24,5 homicídios estimados por 100 mil habitantes. A contagem inclui homicídios ocultos, classificados como mortes violentas com causa indeterminada, mas que seriam homicídios. Essas mortes ocultas podem distorcer significativamente as taxas de homicídios locais, transformando municípios considerados pacíficos em regiões violentas. Iniciativas de saúde mental são cruciais para romper ciclos de violência e promover um ambiente mais seguro em Teresópolis e outras regiões afetadas pela violência. “A violência é uma causa de todos nós. Com uma abordagem integrada e o apoio contínuo de políticas públicas e iniciativas de saúde mental, é possível construir um futuro mais seguro para todas as mulheres”, conclui Ana Cristina Fabbri.

Edição 22/11/2024
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