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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Tricano: “O poder tem que estar na minha mão, e quem manda resolve os problemas do povo”

Depois de Leonardo Vasconcellos, a entrevista de Tricano

Wanderley Peres

Depois da participação dos candidatos a vice-prefeito, todos os candidatos à prefeito de Teresópolis darão entrevistas à tevê Diário nesta semana. A série começou na segunda-feira, 26, quando o vereador Leonardo Vasconcellos, do União Brasil, participou do programa Hélio Carracena; e na terça-feira, 27, participou o candidato Tricano, do PP. Nesta quarta-feira, 28, será Júlio Rocha, do Agir; quinta-feira, 29, Beique San, da coligação PSol-Rede e na sexta-feira, 30, encerrando a segunda temporada de entrevistas, o Alex Castellar, do Partido Liberal.

A entrevista completa está no canal do Youtube da Diário TV

Prefeito eleito a primeira vez 36 anos atrás, em 1988, quando contava 41 anos, e teve o construtor Robertinho Rocha de vice, Tricano voltou à Prefeitura em 1996 com a médica Afaf na chapa, batendo o ex-prefeito Celso Dalmaso e o novato Roberto Petto, que na disputa pela reeleição foi seu vice, em 2000. Ocupando o mandato o vice Petto, desde abril de 2003, Tricano apoiou a candidatura de Alvaro Menezes em 2004. Depois de ganhar três eleições, de 88, 96 e 2000, Tricano perdeu a eleição de 2008 para Jorge Mario, e o mais votado em 2012, assumiu a Prefeitura somente em janeiro de 2016, quando em outubro se reelegeu para o período 2017-2020, acumulando cinco eleições, já o prefeito eleito mais vezes em Teresópolis.

Acompanhado da esposa Beth e do seu vice-prefeito, Rico Portilho, a quem acompanhou na entrevista da semana passada, na série de entrevistas com os vices, Tricano logo disse como veio parar em Teresópolis e da relação que cultivou com a cidade.

A ORIGEM DE TRICANO

“Há cerca de 45 anos escolhi Teresópolis para morar para dar qualidade de vida à minha família. Sou nascido e criado em São João de Meriti, com muito orgulho, mas foi aqui, que encontrei a grande oportunidade, de fazer o bem, inclusive, semeando obras cidade afora mesmo antes de ser prefeito. Recuperamos o prédio da CAMD, que estava em péssimas condições, e fizemos obras importantes em diversas comunidades, retribuindo à cidade o carinho recebido”.

ENTRADA NA POLÍTICA

“Já estava convivendo com os políticos tradicionais, e os jovens do Diretório Acadêmico da FESO me convidaram para ser candidato a prefeito, para quebrar o feudo político existente na cidade. Eles conseguiram o partido e fui lançado em
1988, ganhando a eleição com expressiva votação”.

O PROMAJ

“Quando criamos o Promaj, ele era voltado ao primeiro emprego, e era bem diferente desse modelo atual, e precisamos retorná-lo ao modelo anterior, que tinha cerca de 500 jovens e deveria estar atendendo hoje mais de 2 mil jovens e não apenas menos de 100 jovens, que são empregados de uma empresa contratada, e não da Prefeitura. Isso não é Promaj. O que criamos era voltado para os jovens de 14 a 18 anos e tivemos jovens que viraram advogados, empresários, e até juiz”.

MOBILIDADE URBANA

“Precisamos contratar um estudo de mobilidade urbana, para resolver essa questão, e vamos fazer, porque a gente sabe muita coisa, mas não sabe de tudo, por isso precisa passar essa responsabilidade para os técnicos. Tiramos os caminhões da Reta, e acabamos com o estacionamento no canteiro central. Imagine como seria o trânsito se não fossem essas iniciativas?”

INTERIOR

“Os postos de saúde, nós fizemos a maioria dos que existem. Tínhamos ônibus da saúde, que acabaram no lixão do Parque de Exposições. Os políticos não acompanharam as mudanças do interior. Antigamente, o escoamento da produção era feito em caminhões de pequeno porte, hoje são carretas, porque a produção aumentou. É preciso ampliar as pontes, melhorar as estradas, para que o povo do interior não migre para a cidade. Tem que ter duas usinas de asfalto, funcionando, uma na cidade e outra no interior, e não apenas uma, em sucata e inservível”.

HOSPITAL NO INTERIOR

“Vamos construir centros de saúde da família, ao longo do interior. Raio X, laboratórios de exames, médico plantonista, inclusive de ortopedia, para quem chegue em emergência, resolver o problema no local, sem precisar vir à cidade. Não é um hospital, mas esses postos vão atender bem à população, reduzindo o atendimento da Upa, para onde vêm cerca de 40% de moradores de Magé e Guapimirim. Temos ainda os projetos de Clínica da Mulher e a clínica da Criança, e a Clínica da família…”

REDE DE SAÚDE PÚBLICA

“Temos três bons hospitais, mas eles precisam receber de forma justa e em dia pelos serviços prestados à Prefeitura. E vamos acompanhar esse atendimento ao público de perto, com funcionário da Prefeitura dentro dos hospitais. E vamos construir a Upa Infantil, de imediato, e depois um futuro hospital”.

IRONIA

“Não vai faltar hospital em Teresópolis, porque todo mundo está oferecendo, e dizendo que vai fazer, até candidato de fora que não fez hospital em sua cidade está falando nisso. Deputado estadual de dois mandatos, e deputado federal, que não trouxe hospital. Antigo hospital das Clínicas, que era municipal, mas aí um prefeito deu o prédio para a Feso. Vou arranjar um terreno, e o dinheiro vai ter, porque essa gente que está oferecendo vai construir, porque falam com tanta facilidade de construir hospital que parece ser muito fácil”.

CENTRALIZADOR

“Sou concentrador. O poder tem que estar na minha mão, e quem manda resolve os problemas do povo. Não temos necessidade de empresa de fora administrar o hemonúcleo. Sempre foi a prefeitura quem geriu o espaço. Na minha administração, administro eu”.

CONCURSO PÚBLICO

“Os dois maiores concursos públicos para a Prefeitura foram feitos na nossa administração. Houve um esvaziamento do serviço público e o concurso é uma providência urgente para começar, porque demora mais de dois anos para fazer, então precisa ser aberto logo, para poder contratar novos servidores. E eu vou, também, pedir a autorização da Câmara para trazer de volta os aposentados, que quiserem retornar à atividade. Eles serão contratados e terão seus salários, por que já trabalharam e sabem o que fazer e como fazer, ocupando um vazio que existe. Com relação POT, é impressionante, eram 457 na minha época, e hoje dizem que passa de 2 mil”.

DÉCIMO QUARTO SALÁRIO

“O décimo quarto salário era uma gratificação, por isso coloquei de zero a 100 por cento. Agora, pagaram 1%, é melhor que não pagassem nada. Vamos mudar a lei, estabelecendo o mínimo de 50%. O POT não tem nenhum direito. Vamos dar ao POT gratificação natalina, e acabar com esse negócio de POT indicado por vereador. Vamos dar formação e capacitação, e vai ser obrigatória a comprovação de estudo, em escola técnica ou normal”.

REDE HOTELEIRA

“Se mede o turismo pelo sucesso da rede hoteleira. Teresópolis tinha 18 hotéis quando fui prefeito a primeira vez, e agora são 68, a maior rede hoteleira da região serrana. Tivemos um público circulante de 3 mil pessoas dia na cachoeira dos Frades, e no interior temos as piscinas naturais, também superlotadas. São muitas belezas naturais que o município precisa explorar melhor”.

FEIRINHA DO ALTO

“O descaso com a Feira do Alto foi uma grande maldade do governo, não se faz o que fizeram com os feirantes. E, agora, o prefeito que deixou o feirante ao abandono resolveu cobrar a taxa em atraso. Eleito, vou anistiar os feirantes que não pagaram o DAM e devolver o dinheiro àqueles que pagaram nos últimos três anos, para compensar os tantos prejuízos que sofreram nas mãos da atual gestão.

A Feirinha não é um ponto turístico, mas uma referência para o visitante. Vamos pedir autorização ao governador, para a Prefeitura concluir a obra, porque isso não poderia ter demorado tanto, afinal gera emprego e recursos para a cidade”.

PARQUE DE EXPOSIÇÃO

“O parque de exposição vai voltar a ser local de festa. Tínhamos o pátio da Prefeitura, mas um prefeito deu o terreno para o fórum, que está em boas mãos, mas perdemos esse espaço”.

CALÇADA DA FAMA

“A Calçada da Fama, que é obra nossa, vai ser revitalizada, e transformada na rua mais bonita da cidade, sem fios aéreos, com festas natalinas, coisa de encher os olhos do visitante”.

CONTRATO DA ÁGUA

“Nunca fui contra a privatização da água. Pensava num modelo diferente desse que está aí. Aliás, todo mundo lembra, a minha grande briga com a Câmara de vereadores, quando eu tive que denunciar a Câmara, e teve a prisão de seis vereadores, em razão da forma que eles queriam impor ao governo para a privatização da água. Eu sou a favor da privatização, os outros é que têm que explicar porque eu denunciei eles.

Vou rever o contrato da água, e vou rever todos os contratos existentes, não apenas o da água, mas o que tiverem falhas técnicas e nulidades. E o contrato da água terá de ser revisto porque a empresa ficou com toda a nossa água, o prefeito vendeu o que era nosso, e agora até o produtor rural vai ter que
Pagar pela água que rega a lavoura, porque a sua água agora tem um dono”.

POR QUE RICO?

O vice tem que ser de extrema confiança do prefeito. Conheço o Rico Portilho há muitos anos, o seu primeiro emprego foi comigo na rádio. Quero evitar os golpes, porque uma vez um vice que tive, entrou na Justiça, querendo me tirar do cargo, para tomar o poder. Com o Rico eu tenho certeza que não vou sofrer golpe pelo caráter que ele tem, pelo chefe de família que é.

Edição 24/09/2024
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