Marcello Medeiros
No último fim de semana, moradores do bairro Areias, em São José do Vale do Rio Preto, realizaram mais um protesto contra a proibição de acesso da ponte que conecta essa localidade à Teresópolis, em Ponte Nova, às margens da BR-116, no Segundo Distrito. A passagem permite diminuir uma longa distância para se chegar a essa localidade e outras vizinhas, como Sobradinho e Morro Grande, mas o fluxo de veículos foi fechado EcoRioMinas, responsável pela administração da rodovia, em maio passado. Em nota, a concessionária explicou ao Diário o motivo da interdição, em atendimento à decisão judicial e em conformidade com as normas do DNIT e de segurança. “É importante ressaltar que a EcoRioMinas tem a responsabilidade de assegurar a integridade da via e do entorno, bem como a segurança viária de seus usuários. Por fim, a concessionária informa que está tramitando junto à ANTT para a readequação do trecho e encontra-se na fase de elaboração do projeto e contratação das equipes”, destaca o documento.
A alegação é que haveria um fluxo de veículos cruzando a movimentada estrada federal para cruzar a ponte, construída pela prefeitura do município vizinho, aumentando o risco de acidentes envolvendo os usuários da estrada federal. Sem a passagem, quem mora em Sobradinho e desloca para Teresópolis – ou qualquer outra cidade a partir da BR-116 – precisa dar uma volta de 25 quilômetros, passando pela região central de São José do Vale do Rio Preto e pegando a rodovia Bianor Esteves. Se a ponte estivesse em funcionamento, seriam apenas seis. Mas, além da questão da longa distância, que afeta ainda o acesso de bairros como Areias, Morro Grande Glória, no município vizinho, mas com grande relação com Teresópolis, o que vem sendo reclamado é que essa ponte, apesar de nova, apenas substituiu uma antiga que tombou com a passagem de um caminhão, quase 14 anos atrás. Ou seja, até então havia essa travessia.
“Infelizmente a população não se junta como deveria, todos que precisam deveriam estar aqui. Exigimos exercer o direito de ir e vir, independente de qualquer politicagem. A gente precisa dessa ponte, que sempre existiu, não foi construída, foi reconstruída a que caiu em 27 novembro 2010 e a população sofre até hoje. Tempos a ponte e não temos direito de ir e vir. Quem está impedindo que libere, seja alguém de São José do Vale do Rio Preto ou Teresópolis, é um acesso que ajuda a todos”, relatou uma das moradoras de Areias que participou do protesto no último fim de semana.
Obras na Rio-Teresópolis
No trecho da Serra Rio-Teresópolis, na BR-116, estão sendo realizadas obras de contenção de encostas e reabilitação da sinalização horizontal, nos km 98+500 e 94+200. Durante o período do serviço está sendo adotado o sistema pare x siga, de segunda a sexta-feira, de 8h às 18h. Já entre os km 98 e 99, serão executados serviços de recuperação de pavimento rígido, com o sistema de pare x siga durante todo o período da obra.
Ainda na BR-116, na rodovia Presidente Dutra, estão sendo realizados trabalhos de limpeza de drenagem superficial, entre os km 169 e 214, nos dois sentidos da via, com interdição de faixa, passando pelos municípios de Rio de Janeiro, Nova Iguaçu e Seropédica. Ainda na Dutra, foram iniciadas as obras de ampliação de capacidade, entre o km 204 e 176, com serviços iniciais de desmatamento e limpeza.
“Nos demais trechos do Rio e Minas, também ocorrem trabalhos como reparo e recuperação de dispositivo de drenagem, fresagem e recomposição e roçada mecanizada. A maior parte dos trabalhos ocorre das 7h às 17h, podendo se estender até as 22h em alguns pontos. Vale lembrar que a programação de obras pode ser alterada devido a questões operacionais e condições climáticas”, informa a concessionária. Em caso de dúvidas e emergências, basta ligar para 0800 116 0493 e 0800 116 0465 para deficientes auditivos. O serviço é gratuito e funciona 24h.