Wanderley Peres
Desde a segunda-feira, 2 de setembro, que a Prefeitura de Teresópolis está sem sistema na Secretaria de Fazenda, ficando o setor praticamente parado porque o serviço de rede interna que congrega os dois principais serviços de controle financeiro da prefeitura, o fiscal e o contábil, essencial para o desenvolvimento da administração municipal. Assim, não podem ser processados os pagamentos, nem parte de tributos, nem são feitas emissões de guias e certidões, ou mesmo vem sendo feita a contabilidade, as notas de empenho e liquidação, ficando também desatualizado o portal da transparência. Por conta do problema, quem tem ido à Prefeitura resolver alguma pendência na secretaria de Fazenda, desde então, o atendente diz que o sistema está for do ar. “O sistema está parado, “estou sem o sistema”, “o sistema está fora do ar”, são as respostas, obrigando o contribuinte a voltar no dia seguinte.
A incrível notícia, inacreditável não tivesse o atual governo um histórico de inadimplência com os seus contratados e prestadores de serviços, teria ocorrido porque a empresa contratada pela Prefeitura, DB Nova Tecnologia”, a quem o município deve mais de R$ 1 milhão, segundo o Portal da Transparência, teria bloqueado o sistema por falta de pagamentos. Diante da constatação da paralisação do serviço, no início da tarde O DIÁRIO quis saber do governo municipal os motivos para a queda do sistema e se existe previsão para que o sistema volte a funcionar e os serviços essenciais continuem sendo feitos pelos servidores que estariam sem realizar o trabalho. Até as 20h desta quinta-feira, a Prefeitura não deu resposta ou satisfação alguma à redação. No último dia de abril desse ano, vários prédios da Prefeitura tiveram a energia elétrica cortada, escolas e creches, inclusive, e até mesmo o prédio da Prefeitura, que também ficou às escuras, porque o fio havia sido “cortado no poste”.
Sobre a escuridão, a Enel Distribuição Rio informou a O DIÁRIO que, desde o ano passado, buscava junto à Prefeitura de Teresópolis a regularização das dívidas relacionadas ao fornecimento de energia para os órgãos públicos municipais, daí a interrupção do fornecimento, em alguns prédios feitos no poste, porque a Prefeitura vinha rasgando o lacre e religando a energia, irregularmente, o que caracteriza gato de luz. Ao contrário do que ocorre com os usuários comuns, que têm a luz cortada com poucos dias, a medida drástica da Enel contra a Prefeitura, ocorreu depois de vários meses de atraso. Segundo a concessionária, “como as negociações para pagamento da dívida pela Prefeitura não avançaram, a distribuidora realizou ontem (29) o corte de energia em algumas unidades administrativas municipais”. Lembrando que “o corte de energia não impactou nenhuma unidade que presta serviço essencial à população, a Enel informou ainda que as dívidas dos grandes consumidores de energia, como as prefeituras, podem causar o desequilíbrio econômico-financeiro da concessão, “portanto, o combate à inadimplência é uma questão de interesse público e suas ações são necessárias para proteger todos os consumidores e garantir a continuidade da prestação de um serviço essencial para toda a sociedade”, concluiu, informando que segue buscando o diálogo com a administração municipal e está confiante na regularização da dívida pelo prefeito municipal.
