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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Estudantes de Teresópolis vivem a conservação ambiental na prática

Crianças e adolescentes de 15 escolas visitaram parques e aprenderam sobre a importância de cuidar do nosso futuro

Marcello Medeiros

“Respeitar a natureza é respeitar nossas futuras gerações”. A frase pode parecer um slogan poético, bandeira de poucos que realmente têm a preocupação de manter de pé o que recebeu de presente da natureza. Mas deve ser levada a sério e colocada em prática para aqueles que herdarem a terra que hoje caminhamos tenham a mesma possibilidade de viver bem e pensar em futuro. Por isso, tão importante quanto às ações de enfrentamento aos crimes ambientais é trabalhar a ideia com aqueles que terão essa responsabilidade daqui a alguns anos, as crianças e adolescentes. Em Teresópolis, alunos de 15 escolas da rede municipal tiveram a oportunidade de vivenciar, na prática, o tema conservação ambiental. Cerca de mil jovens participaram do projeto Eco Presente, que nos últimos seis meses realizou visitas técnicas e informativas a unidades de conservação do município, entre elas o Parque Nacional da Serra dos Órgãos e o Parque Estadual dos Três Picos.

Turma do GEO Rose Dalmaso foi a 40ª a participar da ação de preservação ambiental na prática, nesta sexta. Foto: Divulgação Instituto Arrecife

Nesta sexta-feira (06), a subsede Vale da Revolta do PETP recebeu a última turma do programa. “A ideia do projeto é levar até as crianças essa consciência ambiental, de um futuro melhor, mais bem planejado. Acreditamos que alcançando essas crianças, sobretudo essas crianças da escola pública, que às vezes não tem oportunidade, podemos trilhar um caminho diferente. Acreditamos que trazendo elas até aqui, podemos causar essa sensação de pertencimento, de gerar amor ao meio ambiente, ao parque e por um futuro mais sustentável”, destaca a Gestora do Parque Estadual dos Três Picos, Maria Alice Picoli.
O projeto foi realizado pelo Instituto Arrecife, que nas visitas técnicas destacou temas como conservação de fauna, flora, biomas, biodiversidade, mudanças climáticas e outros tópicos que precisam ser discutidos e trabalhados em ações que garantam resultados a médio e longo prazo. “Trabalhamos educação socioambiental com atividades artísticas, beneficiando crianças e jovens de escolas municipais. Nos parques podemos trabalhar a conscientização ambiental e também peças de teatro, cultura, misturar a parte lúdica com conscientização ambiental”, pontua Eduardo de Alencar, Presidente do Instituto Arrecife.
“Na peça de teatro, a companhia Papa Vento apresenta a peça ‘O homem que não conhecia a floresta’, onde os alunos podem pegar os bonecos da peça e montar um final diferente para a história. Em 2024 atendemos aproximadamente mil alunos, entre maio e o início de setembro, sempre com um resultado muito positivo. Esse projeto do Instituto Arrecife tem o patrocínio exclusivo da EcoRioMinas”, destaca Roberta Claudino, que também faz parte da diretoria do Instituto Arrecife. “Esse projeto vai de encontro a missão da empresa, que respeita a biodiversidade, a sustentabilidade, então é muito importante para gente colocar essa centelha no coração das crianças”, completa Paula Viana, Assistente de Sustentabilidade da concessionária.

Guarda-parques do INEA também participaram das aulas práticas realizadas através do programa. Foto: Divulgação Instituto Arrecife

Da sala de aula para as trilhas
Para os professores, diretores e pessoal de apoio das escolas municipais que participaram do projeto, foi de grande valor a experiência de discutir na prática o que muitos estudantes só haviam visto nas páginas dos livros ou slides mostrados em sala. “Foi muito bacana, porque mesmo a cidade tendo três parques, muitos não têm esse costume de passear nesses locais e agora puderam ver de perto a importância da natureza, da preservação dos recursos hídricos, dos parques. Muitos não têm noção de quanto é importante para a cidade, para a regulação da temperatura, para fauna e flora. Na teoria, na sala, é uma coisa, colocar o pé na terra, observar, sentir, é muito diferente. Todos gostaram e muitos falaram que pretendem voltar”, relata a professora de Ciências do GEO Rose Dalmaso, Camila Borges.
Maria Clara Victoria Muniz, aluna da turma 901, é uma das que pretende apresentar esse “mundo novo” aos seus familiares. “Foi uma experiência muito diferente, achei bem legal, uma inovação para o ensino das escolas. Só conhecia esse lugar de nome, mas nunca tinha vindo visitar e pretendo voltar sim”, relatou ao Diário a jovem estudante.

A sede Teresópolis do Parque Nacional da Serra dos Órgãos foi uma das visitadas pelos jovens. Foto: Divulgação Instituto Arrecife

Edição 24/12/2024
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