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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Suspeita de matar o marido é denunciada por homicídio qualificado

Se condenada, ela pode pegar até 30 anos de reclusão. Polícia explica investigação que levou à prisão

Cumprindo mandado de prisão temporária expedida pela Justiça, agentes da 110ª Delegacia de Polícia prenderam, no final da tarde de terça-feira (08), a advogada Rafaela Gomes de Carvalho. Ela foi apontada como suspeita de matar o marido, o policial militar André Pinheiro. Segundo as investigações, o fato teria ocorrido no dia 29 de agosto passado, por volta das 9h, na residência do casal, na Rua Francisco Barthel Pereira, no Bairro dos Pinheiros. “Recebemos uma informação de que uma pessoa tinha sido alvejada por disparo de arma de fogo e ela levada ao hospital. O tiro teria ocorrido no interior da residência dele e naquele momento só estava ele e sua companheira. A companheira dele prestou depoimento e disse que ele tinha tento praticar um suicídio, mas nós fizemos a oitiva de várias pessoas e também analisamos laudos periciais, tanto do local quanto da necropsia e chegamos à conclusão que havia indícios que não havia um suicídio e sim teria sido uma morte provocada por terceiro. Com essas evidências, fizemos o pedido de prisão à Justiça e, sendo deferido, cumprimos o mandado de prisão”, explica o Delegado Marcio Dugubras, Titular da 110ª Delegacia de Polícia, que também é especialista em balística.

“Ela está respondendo a crime de homicídio duplamente qualificado e a sanção penal pode chegar até 30 anos de prisão”, explica o Delegado Marcio Dubugras, que também é especialista em balística. Foto: Vinicius Barros

Ainda segundo as investigações, ela teria premeditado o crime – que teria ocorrido por ciúmes, porque André teria pedido a separação. No dia do ocorrido, ela teria enviado os filhos para a casa do ex-marido e tomado outras precauções para evitar que o caso fosse descoberto. A alegação de que o Cabo Pinheiro teria tendências suicidas também foi descartada pela polícia após oitiva de familiares. “Ela está respondendo a crime de homicídio duplamente qualificado e a sanção penal pode chegar até 30 anos de prisão. Ela será levada para a audiência custódia e se o Juiz mantiver a prisão, será levada para um presídio”, informou ainda a autoridade policial do município.
Outras pessoas ainda serão ouvidas para o fechamento do inquérito que investiga a morte do PM, que tinha 39 anos. O caso teve repercussão na grande imprensa nesta quarta-feira (09), tendo sido divulgado em praticamente todos os sites de notícia, inclusive de fora do estado do Rio de Janeiro. Tentamos localizar a defesa de Rafaela, sem sucesso até o fechamento dessa edição.


Edição 27/11/2024
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