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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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CICLISMO: Dicas de passeios e aventuras na Zona Rural de Teresópolis

Estradas que ligam comunidades e distritos são uma excelente opção de lazer e para conhecer melhor a região

Teresópolis é a Capital Nacional do Montanhismo, mas facilmente poderia se candidatar também a título similar relacionado ao ciclismo de montanha. Nas estradas que ligam a zona urbana ao Segundo e Terceiro Distritos há dezenas de opções de “aventuras” em duas rodas para os adeptos do mountain bike, ligações entre localidades por vias de terra batida ou trilhas, além de possibilidades de conectar todo o município usando parcialmente também rodovias como a RJ-130 e a BR-116. E, para quem ousa se desafiar para pedalar longos quilômetros pela zona rural, a recompensa é conhecer um município ainda mais bonito e rico do que se pinta apenas com os atrativos turísticos convencionais. Montanhas, morros, rios, construções antigas, ruínas, plantações de diversas culturas… Há muito que ver e sentir! Nessa edição da coluna “Mochileiro” vou destacar algumas regiões que merecem ser conhecidas e valorizadas, lembrando que, apesar do foco ser a bicicleta, você pode simplesmente passear por esses cantinhos de carro, moto ou mesmo a pé. Ou seja, se divirta da maneira que lhe for mais conveniente, só não deixe de abrir os olhos para riquezas cobiçadas por gente do mundo inteiro. Afinal, que cidade não gostaria de estar cercada pela natureza?

Torres de Bonsucesso, na região do Vale dos Lúcios, no Terceiro Distrito de Teresópolis, onde ciclismo e montanhismo se confundem. Foto: Acervo Mochileiro

Região de Canoas
Para começar, uma das regiões mais bonitas de Teresópolis. Bem pertinho da zona urbana, Canoas pode ser acessada pelas proximidades do quilômetro seis da RJ-130 ou pelo Jacarandá (via bairro do Meudon). Há três subdivisões nessa área, Canoas, Varginha e Prata dos Aredes. Para qualquer lado escolhido, estradas tranquilas, natureza e possibilidade de banho de rio. No final de Canoas, a possibilidade de descer ainda em direção a Cachoeiras de Macacu, via Subaio. Perto desse acesso também fica a popular “casa velha”, um imóvel abandonado muito procurado pelos ciclistas para fotografar ou descansar antes do retorno.

Torres de Bonsucesso, na região do Vale dos Lúcios, no Terceiro Distrito de Teresópolis, onde ciclismo e montanhismo se confundem. Foto: Acervo Mochileiro

Vale dos Frades
Falando em belezas naturais, a melhor referência em Teresópolis é o Vale dos Frades. O acesso fica no km 21 da RJ-130. A estrada de terra batida, em aclive, segue por 11,5 quilômetros até a portaria da Fazenda Itatiba, passando pela Cachoeira dos Frades e dezenas de imponentes montanhas, como Dois Bicos, Cabritos e Pedra D´Anta. Para atravessar a fazenda é preciso pedir autorização, havendo a possibilidade de acessar o Vale dos Deuses, no Parque Estadual dos Três Picos, e retornar por Friburgo. Porém, há um trecho com desnível muito forte e terreno irregular, onde a maioria dos ciclistas acaba empurrando.

Vale dos Frades, um dos locais mais bonitos de Teresópolis. A imponência dos Três Picos encanta. Foto: Acervo Mochileiro

Bonsucesso e entorno
Pontuada no km 28 da Teresópolis-Friburgo, Bonsucesso é uma localidade do Terceiro Distrito que merece ser explorada. As estradas que a conectam a Vieira, Santa Rosa, Vale Alpino, Gamboa e outras regiões têm muitos ângulos bonitos e diferentes da zona rural, com destaque para as Torres de Bonsucesso, protegidas pelo Parque Estadual dos Três Picos.

Mesmo para os adeptos das “roads”, há muita beleza para curtir. Poço na região de Água Quente, no Segundo Distrito. Foto: Acervo Mochileiro

Região de Santa Rita
No Segundo Distrito, o destaque vai para Santa Rita. A localidade pode ser acessada pelo Holliday ou Cruzeiro, via BR-116, ou pelo bairro da Posse, via Arrieiro. Nos últimos anos os atrativos naturais dessa região têm sido ainda mais valorizados com a instalação de uma das sedes do Parque Natural Municipal Montanhas de Teresópolis. Outra dica nessa área é conhecer as localidades de Santana e Engano. Da primeira, se avista de cima formações no PNMMT e PETP.

“Cachoeirinha” pouco conhecida na região de Ponte Nova, visitada somente pelos locais e ciclistas. Foto: Acervo Mochileiro

Para todas as pernas
Atravessar a zona rural de bicicleta requer bom condicionamento físico. Mas, caso você ainda não esteja 100%, a dica é ir realizando roteiros menores e ampliando de acordo com o fortalecimento muscular. São tantas opções que vão desde rotas curtas, na casa dos 20 quilômetros, aos “longões” acima dos três dígitos. Aí caberá você escolher um que se sinta confortável ou permita se desafiar sem maiores problemas. Uma dica é acessar a rede social Strava, utilizada por atletas, para buscar roteiros com os tópicos citados anteriormente. Para ver mais sobre esses roteiros, acesse o Instagram @mochileiro_marcello

Viva o que te faz feliz
Como destaquei inicialmente, são caminhos democráticos e que podem ser percorridos de diferentes maneiras. Para quem optar pelas duas rodas, além da preocupação com a saúde e condicionamento, mais uma dica é saber o mínimo de mecânica e manter a bicicleta revisada, para evitar problemas e contratempos nos pedais para locais mais distantes – lembrando que em vários deles você pode ficar sem sinal para pedir socorro pelo celular.

A beleza das produção rural do município é outro presente para quem se aventura pelo interior. Foto: Acervo Mochileiro
Capela datada de 1910 na região de Vale Alpino, outrora conhecida como “Córrego Sujo”. Foto: Acervo Mochileiro
A beleza das primeiras horas da manhã em Fazenda Alpina. Ao fundo, a Pedra do Arrieiro. Foto: Acervo Mochileiro
Região de Fazenda Alpina / Santa Rita, protegida pelo Parque Natural Municipal Montanhas de Teresópolis. Foto: Acervo Mochileiro
Edição 23/11/2024
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