Marcello Medeiros
Criada por um grupo de voluntários com o objetivo de incentivar a prática do cicloturismo na Região Serrana do Rio de Janeiro, a Rota Serra Verde teve sua sinalização reforçada no último fim de semana. Apesar de disponibilizados dados para quem desejar se orientar por GPS, o trajeto que conecta Teresópolis, Nova Friburgo, Sumidouro e Petrópolis tem placas e setas amarelas – tradicionais em rotas turísticas e de peregrinação em todo o mundo. Essa sinalização permite que os cicloviajantes se orientem e, também, cria laços com as comunidades onde ela está inserida. A Rota Serra Verde é a primeira do tipo nos municípios localizados nas montanhas do estado do Rio de Janeiro, permitindo visitantes e turistas conhecerem melhor lugares de beleza cênica única, como as regiões dos Frades e Três Picos, entre Teresópolis e Nova Friburgo.
Os voluntários do projeto completaram a sinalização no município de Nova Friburgo, que em breve deve receber também um totem com informações sobre a Rota, como o instalado em Teresópolis. Também foram refeitas algumas setas e instaladas placas na região de Santa Rosa e Mottas, em Teresópolis, e Campinas, em Sumidouro. Nessas últimas localidades, algumas placas foram danificadas e, posteriormente à sinalização inicial, identificados pontos onde poderia haver dúvidas na orientação dos cicloviajantes. A próxima etapa consiste na sinalização do ramal Petrópolis, que inicialmente sairia de Itaipava e seria conectado à Rota Serra Verde em Santa Rita, no Segundo Distrito, mas está sendo estudada a possibilidade de ampliar o percurso, com início na região central da terra de Pedro.
Montanhas e lavouras
Com saída em Teresópolis, a RSV atravessa regiões de montanha, lavouras e trechos de uma antiga linha férrea, que conectava Nova Friburgo e a Além Paraíba, passando pelo pequeno município de Sumidouro. A imponência dos Três Picos é um presente no último dia de cicloviagem, entrando em seguida o espetacular Vale dos Frades. Em Sumidouro, outro ponto alto é a Cascata do Conde D´Eu, a maior queda do estado do Rio de Janeiro.
Recursos para os municípios
Se para o cicloviajante atravessar túneis históricos, se refrescar em rios límpidos e cristalinos, sentir o cheirinho da lavoura ou contemplar formações rochosas impactantes será uma grande experiência de vida, para quem reside ou trabalha ao longo da Rota Serra Verde, o sucesso desse caminho pode representar aumento na sua fonte de renda ou mesmo a criação de negócios que ainda não existem, como mais pousadas e hotéis, bares e restaurantes, além de lojas de lembranças relacionadas ao percurso.
Apoiadores
A comunidade ciclista de Teresópolis tem dado total apoio ao projeto iniciado através da Associação Bike Terê. Também têm sido parceiros fundamentais para a realização da Rota Serra Verde as secretarias de Turismo de Teresópolis, Petrópolis e Nova Friburgo, além de instituições do mesmo segmento que realmente têm interesse em ver o crescimento de um novo nicho na região. Em Petrópolis, também dá suporte a associação de ciclistas local, a ACIPE. Empresas como a Mont Baron e a Unitintas também colaboraram com materiais para a sinalização.
Saiba mais
A Rota Serra Verde tem 235 quilômetros de extensão e 4526 metros de altimetria acumulada, com ponto de partida na Praça da Matriz de Santa Teresa, na Várzea, e chegada ao Mirante do Soberbo. Pode ser percorrida em até quatro dias, dependendo da disposição e tempo livre do cicloviajante. Saiba mais sobre o roteiro, pontos de parada, dicas de hospedagem e orientação no site www.rotaserraverde.com.br . Acesse também o Instagram @rotaserraverde