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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Obras no Corte da Barra: Pó de pedra gera impactos no entorno

Moradores e comerciantes enfrentam dificuldades com a poeira causada pela perfuração

Luiz Bandeira

No dia 4 de novembro do ano passado, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) anunciou a interdição parcial da Avenida Presidente Roosevelt, trecho da BR-495, para o início da última fase das obras de contenção de encostas no Corte da Barra. Apesar de os serviços estarem em andamento, a conclusão da obra já deveria ter ocorrido há mais de um ano, mas continua causando bastante incômodo para os teresopolitanos – principalmente para quem mora no entorno, que agora convive com a grande poeira produzida pelo serviço.

Retomada de obras no Corte da Barra causa preocupação devido a produção de muita poeira. Foto: Luiz Bandeira / O Diário


Após a finalização da contenção na pista sentido Centro, no entanto, houve um impasse com a Enel para a remoção da rede aérea de energia elétrica do outro lado da via, o que impediu a continuidade dos trabalhos com segurança. Em comunicado à imprensa, a Polícia Rodoviária Federal anunciou que a liberação da pista no sentido BR-495 está prevista apenas para abril deste ano, após a conclusão dos serviços pendentes.
Na última sexta-feira (31), incomodados com os efeitos da poeira gerada pela perfuração das rochas, comerciantes e moradores procuraram o Diário de Teresópolis para relatar as dificuldades que estão enfrentando. Marcelo Savana, proprietário de uma oficina na região, afirmou que a poeira invade seu estabelecimento e cobre os carros estacionados, expressando preocupação com os impactos da inalação constante do pó de pedra. “Eles estão furando a seco, e a poeira invade o nosso comércio. Não conseguimos nem respirar aqui. Esse pó de pedra faz mal para a saúde”, relatou Savana.
Funcionários de uma agência de veículos também demonstraram preocupação com a exposição à poeira e afirmaram que os carros estacionados no pátio ficam cobertos pelo resíduo da obra. Eles ressaltaram que, na primeira fase dos trabalhos, a geração de poeira não era tão intensa quanto atualmente. Ao questionarem os responsáveis pela obra, foram informados de que não havia disponibilidade de um caminhão-pipa para umedecer a superfície durante a perfuração, o que ajudaria a minimizar a dispersão da poeira.

Dnit mantém cronograma para finalizar as contenções de encostas no Corte da Barra em abril deste ano. Foto: Luiz Bandeira / O Diário

Risco iminente
Em 17 de outubro de 2022, uma pedra desprendeu-se da encosta no Corte da Barra e atingiu o carro da professora Sandra Barroso, que se dirigia ao trabalho. Incidentes semelhantes já foram registrados nesse trecho da Avenida Presidente Roosevelt, evidenciando a necessidade urgente de obras para conter o deslocamento de rochas.
Após esse último episódio, o DNIT previu novos acidentes, sinalizou e interditou a calçada do Corte da Barra e acelerou o início da obra de contenção no local. Os trabalhos tiveram início em janeiro de 2023, com previsão de conclusão em seis meses. No entanto, apenas após a finalização da contenção no sentido Centro foi considerada a necessidade de remoção da rede elétrica e de outros serviços na pista contrária, o que resultou em novos atrasos no cronograma. A autarquia mantém o cronograma que prevê entrega do serviço em abril.


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Edição 04/02/2025
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