Falta de noção, conhecimento da cidade ou respeito com o próximo? É difícil encontrar a resposta para mais um flagrante de um motorista utilizando a polêmica faixa elevada como “retorno”, na Avenida Feliciano Sodré, na Várzea. O vídeo, divulgado nas redes sociais nesta terça-feira (11), mostra o condutor de um VW Fox de cor cinza que seguia sentido Alto fazendo uma conversão à esquerda, para retornar ao Centro, passando por cima da muito bem sinalizada passagem de pedestres no lugar de utilizar o ponto do Canteiro Central aberto para o retorno, cerca de cinco metros à frente, no cruzamento com a Rua Magé.
Além do risco de atropelar um pedestre, o condutor do Fox poderia ter atingido uma bicicleta na ciclofaixa ou mesmo um veículo automotor que estivesse na Feliciano Sodré sentido Centro, com o motorista sem prestar atenção na manobra – que tecnicamente não poderia ser realizada ali. E, apesar de absurda, essa não foi a primeira vez que o fato ocorreu. Desde a inauguração da polêmica faixa elevada, a única do tipo em todo o município, alguns motoristas foram vistos realizando a imprudência.


“Tem gente que ainda tem a cara de pau de dizer ‘que deve ser turista’, ‘alguém que não conhece a cidade’, ou qualquer coisa do tipo. É defender o indefensável, pois não é preciso conhecer a cidade para saber que faixa de pedestres não é lugar de passar com o carro, isso é básico e previsto no Código de Trânsito”, relatou ao Diário o internauta Antônio Carlos Almeida, um dos muitos que comentou a absurda situação.
De acordo com o Artigo 207 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), a multa por fazer uma conversão em local proibido é de R$ 195,23 e o infrator recebe 5 pontos na Carteira Nacional de Habilitação. Esta infração é considerada grave pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Já o Artigo 206 trata justamente sobre realizar uma manobra de retorno sobre a faixa de pedestre, gerando risco aos pedestres que estão utilizando a faixa. Mais um caso de e infração grave, com uma multa de R$ 195,23 e cinco pontos na CNH.
Motoqueiros são reincidentes
A falta de respeito do motorista do Fox, e outros flagrados fazendo essa bandalha, chama bastante atenção. Porém, é preciso atentar também para situação semelhante que ocorre diária e frequentemente ao longo do Canteiro Central: motoqueiros cruzando a divisória das avenidas Lúcio Meira e Feliciano Sodré sem se preocupar se estão colocando em risco pedestres, ciclistas e outros condutores de automotores, visto que quem trafega pela pista principal não tem como ficar vigiando, ao longo dos 2,5 quilômetros das duas vias, “se alguém vai atravessar do nada na sua frente”. Um dos locais onde os motoqueiros passam por cima do Canteiro com mais frequência é próximo ao cruzamento com a Rua José Correia da Silva Júnior, com o objetivo de agilizar a viagem em direção ao Alto, sem ter que dar a volta pela Rua Jornalista Délcio Monteiro, ou seguir pela Djalma Monteiro e Tenente Luiz Meirelles para pegar a pista sentido São Pedro.