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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Lixeiras “viciadas” e coleta ineficiente de resíduos geram graves problemas em Teresópolis

Falta de conscientização e infraestrutura inadequada geram acúmulo de lixo, colocando em risco a saúde da população e prejudicando o meio ambiente

Luiz Bandeira

O descarte irregular de lixo é um crime ambiental que pode resultar em multas e até mesmo em prisão. Além disso, é um problema sério que afeta tanto a saúde pública quanto o meio ambiente. Recentemente, em uma sessão da Câmara Municipal, o vereador André do Gás expressou preocupação com os riscos à saúde enfrentados pelos moradores do Bairro do Tiro devido à insuficiência na coleta de lixo da comunidade. Ele destacou: “Com relação ao lixo, faço esse pedido e alerta à Inova, que tanto cuida das lixeiras ‘viciadas’. No entanto, no Morro do Tiro, eles precisam de atenção urgente. A pessoa sai de casa, e eu tenho as fotos aqui e posso compartilhar no grupo dos vereadores para tentar ajudar essa comunidade, socorrendo-os. É necessário colocar uma caçamba e fazer a coleta dia sim, dia não, com o caminhão, pois o lixo que a população gera fica no meio da rua, e os moradores não conseguem nem abrir os portões para sair de casa”.

“Minha mãe mora aqui embaixo, e há o risco de ratos entrarem na casa dela. E como fica isso? Não há uma placa avisando que não é para jogar entulho aqui, então o povo joga de tudo: entulho, móveis velhos, qualquer coisa”, questiona a moradora do Bairro do Tiro, Mayra Mariana


Porém, a equipe do Diário de Teresópolis foi até o Bairro do Tiro e constatou que a coleta de lixo havia ocorrido recentemente. Além disso, os moradores informaram que a empresa responsável pela coleta mantém uma rotina regular de serviços todas as segundas, quartas e sextas-feiras, e, quando há excesso de lixo, a coleta é realizada também às terças e quintas-feiras com o caminhão compactador. Entretanto, um morador revelou que o problema se deve ao descarte inadequado de entulho, restos de obras e outros objetos volumosos, que ocupam o espaço destinado ao lixo doméstico em dois pontos da Rua Armando Vieira. Para remover esses detritos, é necessário o uso de uma retroescavadeira. O grande desafio é que esse serviço leva tempo para ser realizado, e, por isso, os moradores convivem por longos períodos com o acúmulo de lixo e entulho na porta de suas casas.
A moradora Mayara Mariana relatou à nossa equipe: “Tem muito lixo aqui, e não há um dia certo para a coleta. Acho que ontem tiraram o lixo. Minha mãe mora aqui embaixo, e há o risco de ratos entrarem na casa dela. Também tem um cachorrinho ali. E como fica isso? Não há uma placa avisando que não é para jogar entulho aqui, então o povo joga de tudo: entulho, móveis velhos, qualquer coisa. Quando chove, o lixo todo se espalha. Dá para ver as marcas aqui. Fica difícil. Acredito que se colocassem duas caçambas, já ajudaria. Minha preocupação é com a saúde das crianças que brincam aqui, com a saúde da minha mãe, e com os idosos que moram aqui. Eu acho que isso tudo poderia melhorar”.
Outro problema identificado é a má localização de uma lixeira, no início da Rua Armando Vieira. Quando atinge determinado nível de acúmulo, ela dificulta a circulação na principal via do bairro.

Caçamba no Vale da Revolta
No Vale da Revolta, a grande caçamba que atende à comunidade local é insuficiente para receber todo o lixo depositado nela, que vai muito além do lixo doméstico. Além disso, por estar localizada à margem da BR-116, a caçamba recebe dejetos de outros bairros. Moradores locais confidenciaram que a quantidade de lixo chega a ocupar parte do acostamento da rodovia, o que coloca em risco a circulação de pedestres que utilizam o local. Uma moradora relatou que uma pessoa chegou a ser atropelada ao passar ao lado da caçamba transbordada.
A realidade é que há uma falta de cuidado por parte de uma parcela da população em relação ao descarte do lixo. Parece haver uma cultura de “empurrar” o problema para o poder público, que, de fato, tem a responsabilidade de gerenciar a coleta, armazenamento e destinação dos resíduos. No entanto, é dever de todos reduzir a produção de lixo, separar materiais recicláveis e fazer o descarte adequado do lixo doméstico, de forma bem acondicionada, a fim de evitar a contaminação do meio ambiente e acidentes com os coletores.
Outro ponto a ser considerado é que existem comunidades em Teresópolis com alta densidade populacional e outras com uma população menor. Essas diferenças precisam ser levadas em conta ao programar a coleta, para que o lixo não se acumule por mais tempo do que o necessário.
Além do lixo doméstico, muitas pessoas têm o hábito de descarregar nas lixeiras, em terrenos baldios e áreas de mata, móveis, lixo de jardim, entulho de obras e até animais mortos. Os responsáveis por esse tipo de descarte devem assumir sua responsabilidade e buscar alternativas para a destinação desses resíduos, de forma que não impactem negativamente o meio ambiente.

Rua Beira-Rio: irresponsáveis costumam deixar, à margem do Rio Paquequer, lixo doméstico, de jardim, entulho de obras, móveis velhos e outros objetos descartados.

Rua Beira Rio: Lixão que vai virar parque
A Rua Beira Rio, no Bairro de Fátima, é um exemplo de lixeira “viciada” que necessita de uma solução urgente. Irresponsáveis costumam deixar, à margem do Rio Paquequer, lixo doméstico, de jardim, entulho de obras, móveis velhos e outros objetos descartados. Esse local, se não fosse pelo acúmulo de lixo, poderia ser muito agradável para um passeio, sendo inclusive parte de um projeto para a construção de um parque.
Em algum momento, o município destinou uma área para o descarte de entulho, aterro e vegetação. Embora ainda exista um local para esse tipo de lixo, ele é particular e cobra uma taxa por caminhão de entulho descartado. Enquanto a cultura de “varrer o lixo para debaixo do tapete” não mudar, o problema do descarte de lixo continuará sem solução efetiva.

“Faço esse pedido e alerta à Inova, que tanto cuida das lixeiras ‘viciadas’, no Morro do Tiro, eles precisam de atenção urgente. O lixo que a população gera fica no meio da rua, os moradores não conseguem nem abrir os portões para sair de casa”, denuncia o vereador André do Gás


Edição 14/03/2025
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