Marcello Medeiros
Em operação realizada na Avenida Lúcio Meira, na Várzea, a Guarda Civil Municipal flagrou uma pessoa que trabalhava realizando o transporte de passageiros de maneira totalmente irregular: fora dos devidos aplicativos, sem possuir CNH ou registro do veículo, há mais de 10 anos sem licenciamento. Ela foi multada e o carro levado para Três Córregos. Essa situação, registrada nesta sexta-feira (23), foi apenas uma das muitas registradas pelas equipes da Secretaria Municipal de Mobilidade e Segurança Pública nos últimos dias. Em duas semanas, foram 22 notificações e algumas apreensões por problemas diversos, envolvendo não só o transporte por aplicativo, mas também o escolar. “Semana passada pegamos uma pessoa carregando crianças em um carro de passeio, o que não é permitido. Nesse caso, somente em vans e ônibus”, relatou o Chefe da GCM, Gil Wellington, em entrevista à Diário TV, pontuando ainda que são feitas operações contínuas tendo como foco os diferentes modelos sujeitos à fiscalização no município. “Quem não respeita o que está na lei, está cometendo infração gravíssima”.
Gil alerta que, além dos necessários cadastros, documentações e vistorias previstos em cada modalidade – do aplicativo ao escolar, passando pelos táxis – quem circula com a documentação vencida coloca o passageiro em risco. “Em caso de acidente, o passageiro não tem garantia nenhuma”, pontuou. Sobre a questão do transporte escolar, ele frisou que, duas vezes ao ano, no início e meado do período letivo, as vans e ônibus são vistoriados em relação aos itens de segurança e documentação obrigatória: “Temos que ter muito cuidado com o transporte das nossas crianças. Fazemos a chamada via Diário Oficial, pela imprensa, e sempre alertamos aos motoristas a necessidade de estar em dia para trabalhar”. A mesma situação ocorre com os táxis, que na renovação do alvará precisam cumprir uma série de exigências. No caso dos aplicativos, também há várias normas a cumprir para atuar no município – entre elas, logicamente, estar cadastrado em alguma plataforma que oferece o serviço.
GCM pode fazer blitz sim
Respondendo a comentários sem embasamento técnico feitos em redes sociais, Gil Wellington reforçou que a Guarda Civil Municipal está devidamente autorizada a realizar operações de trânsito: “Hoje a Guarda é capacitada, é autorizada, cumpre o que está na portaria do Detran e pode sim fazer essas operações. Quando acionamos a PM ou a Civil, é somente para ajudar na segurança dos nossos agentes, em casos onde pode ser necessário um reforço para garantir a integridade física dos servidores municipais”.
Saiba mais e se regularize
Para contatar a Secretaria Municipal de Segurança, Ordem Pública e Mobilidade de Teresópolis, você pode usar os seguintes meios de contato: – Telefone: (21) 2742-3352, ramal 412; – E-mail: segurancapublica@teresopolis.rj.gov.br ; – Endereço: Avenida Lúcio Meira, 375 – 1º Piso – Várzea. Guarda Civil Municipal: Telefone: (21) 3644-6400 ou WhatsApp: (21) 97208-8235.
Motorista de aplicativo investigado
Acompanhada da mãe, uma jovem residente em Teresópolis esteve na 110ª Delegacia de Polícia para dar entrada em procedimento criminal contra um motorista de aplicativo, cadastrado em grande plataforma e circulando pelo município, que teria a assediado e feito proposta de cunho sexual como ‘forma de pagamento pela corrida’. Segundo o que está sendo investigado, ela solicitou viagem para casa e, ainda na Várzea, o motorista optou em pegar uma rota alternativa, apesar do pedido que continuasse na principal – não foi informado qual o caminho realizado, mas, entre Várzea e a bairro da vítima uma rota com menos movimentação e pontos ermos é pelo Jardim Europa. Ainda segundo a vítima, nessa região o condutor reduziu a velocidade e perguntou qual seria a forma de pagamento. Ao ouvir que seria em dinheiro, ele teria dito que ela “poderia pagar do jeitinho que a gente gosta”. Mesmo com a informação que seria denunciado ao aplicativo e que o namorado da jovem estava a monitorando pelo compartilhamento do trajeto, ele teria dito que ‘não daria nada para ele’ caso resolvesse fazer algo, mantendo as portas do carro travadas. Quase ao final da corrida, o motorista teria repetido: “Última chance hein, tem certeza que não vai querer pagar de outra forma?”. Além de comunicar o fato e pedir que sejam tomadas providências, a mãe da jovem informou os dados do prestador de serviço, que nos próximos dias deve ser intimado pela Polícia Civil para contar a sua versão dos fatos. (Colaborou Luiz Bandeira)
