Vinícius Lisboa – Repórter da Agência Brasil – Rio de Janeiro
Uma operação do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) cumpriu hoje (21) mandados de busca e apreensão em uma investigação que apura um suposto esquema de fraude na compra de combustíveis pela prefeitura de Engenheiro Paulo de Frontin, no interior fluminense. Também são investigados os crimes de peculato e lavagem de dinheiro
Um dos alvos da operação é o prefeito Jauldo Neto (PSC), que é réu em ação civil pública ajuizada pela Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva – Núcleo Vassouras. Também foram cumpridos mandados nas cidades vizinhas de Nova Iguaçu, Barra Mansa, Mendes, Paracambi, Barra do Piraí e Miguel Pereira.
A operação de hoje foi conduzida pela Subprocuradoria-Geral de Justiça de Assuntos Criminais e de Direitos Humanos (SUBCDH/MPRJ), do Grupo de Atribuição Originária Criminal da Procuradoria-Geral de Justiça (GAOCRIM/MPRJ) e pela Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ).
Segundo o Ministério Público, o prefeito dispensou de licitação a contratação do posto Farol do Chafre para o fornecimento de R$ 1.081.400,00 em combustíveis, em um período de 12 meses. Segundo o MP-RJ, houve superfaturamento superior a R$ 70 mil no contrato, que foi firmado no início do mandato de Neto, em 2017.
A denúncia aponta que o contrato era uma retribuição, uma vez que o posto pertence a um amigo do prefeito e teria sido utilizado durante a campanha eleitoral. O proprietário do posto é um dos alvos da operação de hoje, assim como seus sócios e titulares de contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas que estariam ligadas ao esquema. O Ministério Público investiga se algumas dessas empresas teriam sido constituídas apenas para práticas de lavagem de dinheiro.