R$ 7.946,00: Esse foi o valor que um aposentado residente em Teresópolis transferiu para um homem que acreditava ser o seu filho. O idoso realizou quatro transferências via Pix para um golpista, que no aplicativo de mensagens usava a foto do seu parente. A história, a de sempre. De que havia trocado o número de telefone e teria tido problemas na conta bancária, que precisava realizar pagamentos urgentes e que depois estornaria o valor ao pai – ou a mãe, como ocorreu em tantas outras vezes em Teresópolis. O fato foi comunicado na 110ª Delegacia de Polícia, onde a vítima contou ter feito pagamentos nos valores de R$ 1.256,00, R$ 530, R$ 2.270,00 e R$ 3.890,00. Somente no dia seguinte, após mais de 24h horas de trocas de mensagens, o idoso resolveu ligar para o filho, descobrindo então que havia sido atacado por um estelionatário. O número envolvido nas conversas já estava desativado e o aposentado conseguiu falar com o ‘verdadeiro’.
Nesse tipo de crime, geralmente o estelionatário consegue nas redes sociais o telefone da vítima – visto que muita gente o mantém nessas páginas ou comenta em publicações que solicitam o contato, por exemplo, e depois faz o levantamento de quem são os familiares, copiando a foto de filhos, principalmente, para tentar conseguir o dinheiro fácil. O crime de estelionato tem sido o com maior número de registros na 110ª Delegacia de Polícia, com o crescimento proporcional ao avanço tecnológico. Com tantos aplicativos de conversa, páginas de compra e outras facilidades, os golpistas têm evitado os antigos ataques feitos em portas de agências bancárias ou lotéricas, diminuindo assim as chances de serem presos.
Ligue, faça vídeo
Nesse, e em qualquer caso onde o estelionatário se passe por alguém que você conheça, a dica é fazer uma ligação telefônica ou chamada de vídeo para confirmar que realmente se trata do filho, filha ou qualquer familiar supostamente em apuros. Na via das dúvidas, peça ajuda de algum representante das forças de segurança, principalmente as Polícias Militar e Civil, antes de realizar qualquer transferência ou pagar boletos enviados para o seu telefone. Outra dica é ficar atento ao jeito do familiar escrever, chamar por nomes carinhosos ou apelidos, por exemplo. O pilantra do outro lado da linha não saberá e chamará apenas de “mãe” ou “pai”.
Anúncios falsos
Outro tipo de golpe que feito vítimas em Teresópolis é o do falso anúncio. O estelionatário faz uma espécie de intermediação, se passando pelo comprador e vendedor, e falando com as partes interessadas de acordo com o que elas precisam ouvir. Depois de ver o produto – um carro, moto, freezer, bicicleta – a pessoa é orientada a fazer um depósito u transferência para uma conta, que é do golpista e não da pessoa que realmente está vendendo e mostrando o objeto de interesse da vítima. Na hora de levar, dizendo “já ter feito o pagamento”, o comprador descobre que o verdadeiro dono sequer sabia da outra pessoa, que alega, entre outros, que um primo ou conhecido vai mostrar o que está sendo vendido.