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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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16º GBM: Subtenente do quartel de Teresópolis brilha nos Jogos Mundiais de Policiais e Bombeiros

Iara Maria, que atua no Destacamento de Bonsucesso, conquistou oito medalhas na competição realizada nos Estados Unidos

Luiz Bandeira

A bombeira militar e técnica em enfermagem Subtenente Iara Maria, do 16º Grupamento de Bombeiros Militares, e que atua no Destacamento de Bonsucesso, foi um dos grandes destaques brasileiros na 21ª edição dos World Police and Fire Games (WPFG) – os Jogos Mundiais de Policiais e Bombeiros –, realizados entre os dias 27 de junho e 6 de julho, em Birmingham, Alabama, nos Estados Unidos. Em sua estreia internacional, a militar fluminense superou adversários de diversos países e conquistou nada menos que oito medalhas em provas operacionais que simulam situações extremas de combate a incêndio e salvamento. Entre os pódios, estão dois ouros e quatro pratas no Firefighter Challenge, além de prata no Ultimate Firefighter (individual) e ouro por equipes na mesma prova. Iara também foi prata no Stair Race, prova em que os atletas devem subir 35 andares totalmente equipados. “Fiquei surpresa com meu desempenho, porque era a minha primeira vez competindo fora do Brasil”, contou a subtenente. “Representar o CBMERJ e conquistar essas medalhas foi uma emoção imensa. A gente carrega o peso do uniforme e do país no peito.”
Com uma delegação de apenas 13 atletas, a delegação brasileira conquistou 92 medalhas no total — 46 de ouro, 37 de prata e 9 de bronze — em modalidades que exigem não só preparo físico, mas também habilidades técnicas operacionais. A participação do CBMERJ foi decisiva para garantir ao Brasil o segundo lugar no quadro geral de medalhas, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, anfitriões da edição.

Treino que forma campeões: rotina de preparo físico e técnico que levou a bombeira militar à elite mundial das provas profissionais

As provas disputadas pela subtenente
Entre as provas disputadas por Iara estão algumas das mais exigentes da competição: – Ultimate Firefighter: prova com quatro etapas intensas, onde o menor tempo define o vencedor; – Firefighter Challenge: considerada a prova mais tradicional e desafiadora, criada nos EUA, simula com realismo atividades do combate a incêndio; – Stair Race: corrida vertical com equipamento completo, subindo 35 andares; – Muster: disputa mais lúdica e interativa, baseada em técnicas antigas de combate a incêndio com baldes e carroças.
“Essas provas são duríssimas. O Challenge, por exemplo, é o carro-chefe da competição. E o Stair Race exige muita resistência. Subir 35 andares com o equipamento completo foi uma experiência extrema. Mas tudo que vivemos ali se aproxima muito do que enfrentamos no dia a dia de uma ocorrência real”, destacou.

Subtenente Iara ao lado de colegas de farda do 16º Grupamento de Bombeiros, que apoiaram sua preparação para o WPFG 2025

Treinamento intenso
A preparação para o evento foi intensa, mas, segundo Iara, faz parte da rotina da corporação. “O treinamento físico e técnico é diário nos quartéis. Isso nos prepara para atuar com eficiência em salvamentos reais. Para as competições, adapto esse treinamento profissional ao formato esportivo. Em alguns períodos, cheguei a treinar três vezes por dia: o serviço regular, a preparação específica para a prova e a musculação”, explica.
Apesar do sucesso nos jogos, a subtenente reforça que sua prioridade continua sendo a missão de servir à população. “Costumo dizer que estou atleta, mas sou bombeira. A competição é um desafio pessoal, mas minha essência continua sendo salvar vidas. Quando volto ao quartel, sigo com minha rotina normal de plantão, treinamento e socorro”, afirma com firmeza.

Trabalho em equipe: ao lado de outros competidores do CBMERJ, Iara ajuda a levar o Brasil ao pódio nas provas operacionais do WPFG 2025

CBMERJ em destaque
O desempenho de Iara e dos outros atletas fluminenses evidencia o alto nível técnico dos Bombeiros do Rio o impacto direto desse preparo na segurança pública. As provas profissionais simulam fielmente os desafios reais enfrentados em incêndios, salvamentos e resgates, e a vivência competitiva ajuda a manter a equipe pronta para agir sob pressão. “A adrenalina de uma competição se assemelha muito a de uma emergência real. Às vezes, a gente precisa mudar a estratégia em segundos, tomar decisões rápidas e trabalhar sob condições extremas. Isso se reflete no nosso serviço diário na rua, onde não há tempo para erro.”

Mais competições
A próxima competição da Subtenente já está marcada para o próximo mês, em Fortaleza. Mas, para ela, a maior conquista é continuar apta para servir com excelência. “Enquanto for possível conciliar, vou seguir competindo. Mas meu principal pódio é continuar ajudando a salvar vidas todos os dias.”


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Edição 15/07/2025
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