Luiz Bandeira
A jovem enxadrista Flora Ferreira Sarmento, moradora de Teresópolis, vem se firmando como uma das grandes promessas do xadrez brasileiro. Com apenas 11 anos, ela conquistou uma expressiva 6ª colocação no Campeonato Pan-Americano de Xadrez, realizado recentemente em Lima, no Peru, na categoria sub-12. O resultado colocou Flora como a melhor colocada da delegação brasileira na competição, que reuniu atletas de diversos países do continente.
“Foi uma experiência muito bacana! Ela disputou nove partidas e teve cinco vitórias, dois empates e apenas duas derrotas. Para uma primeira competição internacional, foi um torneio excelente”, relatou Lívia Ferreira, mãe da atleta.
A delegação brasileira no Pan-Americano foi formada por cerca de dez jovens enxadristas, enfrentando potências tradicionais como Estados Unidos, Canadá e o próprio Peru, país-sede da competição. Segundo Lívia, apesar do tamanho reduzido da equipe brasileira, todos os atletas tiveram um bom desempenho e completaram o torneio com entusiasmo. “Flora ficou empatada com a quinta colocada, que era o destaque da Argentina. Pelos critérios de desempate, ela acabou em sexto lugar. Foi por muito pouco que não trouxe uma medalha, mas o resultado foi excelente e motivo de muito orgulho. Além disso, foi o melhor desempenho entre os brasileiros”, destacou a mãe.

Com o bom desempenho no Pan, Flora agora está classificada para duas importantes competições internacionais: o Campeonato Sul-Americano, que será realizado em dezembro na Colômbia, e o Mundial, previsto para ocorrer no Cazaquistão. No entanto, os altos custos envolvidos nas viagens, inscrições e hospedagens colocam em risco a participação da atleta.
“Esses torneios são muito caros. No Pan-Americano, conseguimos nos organizar de última hora com ajuda de pessoas incríveis — muitas que nem conheciam a Flora, mas acreditaram nela. Agora, para o Sul-Americano e, principalmente, para o Mundial, precisamos de apoio mais estruturado. Já fizemos contato com a prefeitura e seguimos tentando apoio do governo e de patrocinadores”, explicou Lívia.
Apesar das dificuldades financeiras, a família mantém a esperança de viabilizar as próximas etapas da promissora carreira da jovem enxadrista. “O Mundial no Cazaquistão é um sonho distante, principalmente pelos custos — hotel em euros, passagens caras, tudo muito acima do que podemos bancar. Mas, se aparecer alguma ajuda dos céus, será muito bem-vinda. Ainda dá tempo.”




SERVIÇO
Quem quiser apoiar a atleta ou conhecer mais sobre o projeto esportivo pode entrar em contato com a família pelas redes sociais ou pelo telefone disponível junto à redação.