Numa sexta-feira de semana passada, em noite de relâmpagos e trovões, quando em pleno inverno choveu granizo em Teresópolis, ocorreu na sede administrativa da Academia Teresopolitana de Letras a estreia de um excelente projeto idealizado pelo presidente Delmo Ferreira, o Cineclube da ATL. A sala nobre estava cheia de acadêmicos e intelectuais para assistir ao filme Vidas Secas, clássico de Nelson Pereira dos Santos, seguido do excelente documentário “Barreto, fotógrafo das lentes nuas”, dirigido pelo professor e cineasta, acadêmico Miguel Freire.
Complementando a satisfação pelo bom evento da noite, aconteceram ainda a fala da Doutoranda e Pesquisadora da UFRJ Adriana Souza, e os comentários sobre os filmes pelo Acadêmico Professor Marcelo Pelegrino e a brilhante explanação da Acadêmica Norma Freitas sobre a obra prima de Nelson Pereira e o consagrado romance de Graciliano Ramos.
Lá estavam o professor Marcelo Pelegrino, a pesquisadora Adriana Souza, o professor Miguel Freire, o secretário de Cultura e jornalista Wanderley Peres, e o Presidente da ATL Delmo Ferreira, Gilberto Teixeira, Rodrigo Cosenza, Margareth Rech. E ainda Ronaldo Fialho, José Luiz Simões, Maria Helena Fonseca Costa, Isis Muller, Rozelene Furtado, Carol Rocha, Edinar Corradini, Mariana Mouta e Norma de Siqueira Freitas, que apresentou análise sucinta sobre as aproximações e os deslocamentos entre a obra literária e a transposição cinematográfica.
Muito aplaudido pela plateia do Cine Brasília, o filme de Miguel Freire “Barreto, Fotógrafo das Lentes Nuas”, abriu a Mostra Formação dos Brasis, em dezembro passado, no 57º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. A exibição do trabalho de Miguel Freire, ilustre membro da Academia Teresopolitana de Letras, foi seguida de debate com o público, palestra que durou mais de duas horas, lembrando a criação do Cinema Novo Brasileiro, de Nelson Pereira dos Santos, de Luiz Carlos Barreto e dos destinos do cinema nacional.
Celebrando os 59 anos de protagonismo na história do cinema brasileiro, em sua 57ª edição, o mais longevo festival do gênero no país, o Festival de Brasília inaugurou uma nova gestão compartilhada entre a Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do DF e o Instituto Alvorada Brasil, marcada por um triênio de atividades e melhorias progressivas que culminarão na 59ª edição do Festival, em 2026, e entre os dias 30 de novembro e 7 de dezembro de 2024.