Marcus Wagner
O atendimento para casos do novo coronavírus em Teresópolis está envolvido em mais uma polêmica. Não bastassem as dificuldades apontadas por pessoas que reclamam de uma dificuldade para receber o atendimento ideal e as ações pouco efetivas para disponibilizar mais leitos e oferecer testagem para a população, agora até mesmo a regularização do Pedrão como unidade de atendimento está sendo questionada.
Em uma publicação feita pelo Facebook, o ex-candidato a prefeito André Couto afirma que por trabalhar em Brasília, teve acesso à documentação sobre o credenciamento das unidades de saúde do município e teria verificado que Cemusa, no Bairro São Pedro, e o Posto de Saúde da Várzea seriam centros de atendimentos para o Covid-19.
Essa alegação chamou a atenção de muita gente nas redes sociais. De acordo com ele, no Ministério da Saúde só há o registro destas duas unidades como credenciadas para receber recursos e não há menção do Pedrão. Entretanto, pouco tempo depois o prefeito Vinicius Claussen divulgou uma postagem em seu perfil no Facebook chamando de fake news essa afirmação.
André Couto
De acordo com as medidas anunciadas pela prefeitura para atendimento pessoas com suspeita de Covid-19, o Ginásio Pedrão é o local onde é feita a triagem e encaminhamento de pacientes para as unidades hospitalares.
Após essa manifestação do prefeito, André Couto voltou a se manifestar e rebateu a acusação de Claussen e dizendo que as provas do que ele fala são públicas e qualquer pessoa pode confirmar.
“O prefeito afirma que o Posto da Várzea e o Cemusa não são centros de atendimento, mas a portaria do Ministério da Saúde diz que são e para receber os recursos de R$ 80 mil por mês devem cumprir parâmetros de metas. Ele (Vinícius) diz que o Pedrão está vinculado, mas não há endereço complementar vinculado no documento. Não existe liberação para extensão desse atendimento. Qual a lógica disso? Porque credenciou? Como vai cumprir as metas? É incrível as pessoas acreditarem em um post amador dele que nem levou o selo da prefeitura do que acreditar em um documento oficial da Secretaria de Saúde”.
Para Couto, essa questão pode gerar problemas: “Quem alimenta o sistema é a prefeitura, e o Ministério não tem como fiscalizar. Na hipótese de alguém querer agir de má fé, pode dizer que cumpriu as metas, que foram atendidos os pacientes nestas unidades e receber os R$ 80 mil”.
Por outro lado, o prefeito Vinicius Claussen afirmou na publicação dele que os locais de atendimento no Pedrão e na Rua Dr. Aleixo é que realizam o atendimento para a Covid-19 e que Cemusa e o Posto da Várzea são apenas unidades que “servem para fins de registro de atendimento para prestação de contas ao Ministério da Saúde”, citando ainda que há também dois pontos de atendimento no interior do município.