Agosto Lilás é o mês de conscientização e enfrentamento à violência contra a mulher. Um mês que nos chama à reflexão, mas também ao despertar de uma nova forma de viver: com dignidade, amor-próprio e liberdade.
A violência contra a mulher não acontece apenas nos episódios extremos. Ela pode se manifestar de forma silenciosa, em críticas constantes, no controle disfarçado de cuidado, em palavras que diminuem e em olhares que ferem. Muitas vezes, ela age de forma invisível, corroendo a autoestima e afastando a mulher de si mesma.
É nesse ponto que a beleza assume um papel transformador. Quando uma mulher se permite o autocuidado, ela está fazendo mais do que cuidar da pele: está reafirmando o próprio valor. Pequenos gestos – aplicar um sérum, massagear o rosto, dedicar um tempo ao espelho – tornam-se atos de resistência. Eles dizem: “Eu mereço. Eu me respeito. Eu me escolho.”
A estética integrativa, quando bem compreendida, não é vaidade. É resgate. Cada tratamento não se limita a rugas ou manchas, mas toca algo mais profundo: a identidade, a confiança, a presença no próprio corpo. Muitas vezes, o que se devolve não é apenas a imagem refletida no espelho, mas a força de acreditar novamente em si mesma.
Quantas mulheres, após passarem por situações de dor, reencontram no autocuidado o primeiro passo para a reconstrução? Voltar a gostar do que veem é, para muitas, voltar a sentir-se vivas. Não porque a beleza define quem somos, mas porque ela desperta a coragem de ocupar o espaço que sempre foi nosso.
Agosto Lilás nos lembra que nenhuma mulher deve viver com medo. Eu acrescento: nenhuma mulher deve viver sem se sentir livre para ser quem é. A beleza real não está em se moldar a padrões, mas em honrar a própria história – inclusive as marcas que o tempo ou a vida deixaram.
Ser bela é ser inteira. É olhar para dentro e para fora com a mesma ternura. É existir sem pedir desculpas. É compreender que cuidar de si não é egoísmo, mas um direito.
Que este Agosto Lilás seja um convite: que cada mulher descubra, em seus rituais de autocuidado, uma forma de resistência, de acolhimento e de amor-próprio. Porque quando uma mulher se reconhece forte diante do espelho, ela não se cala mais.
A beleza real é liberdade.
Minuto de autocuidado: hoje, escolha um gesto de carinho consigo mesma. Respire fundo, olhe-se no espelho e reconheça sua força. Passe um creme com calma, toque sua pele com respeito e diga em silêncio: “Eu sou livre. Eu sou inteira. Eu mereço me amar.”