Um homem compareceu à delegacia de Teresópolis e relatou ter sido vítima de uma tentativa de estelionato. Ele informou que recebeu uma ligação telefônica de um indivíduo que se apresentou como seu advogado — o qual, de fato, atua em um processo de seu interesse. O suspeito possuía dados pessoais, informações processuais e valores que a vítima teria a receber.
Durante a conversa, o falso advogado solicitou dados bancários e disse que, em seguida, um promotor entraria em contato para viabilizar o pagamento. Logo após, a vítima recebeu uma chamada de vídeo, via WhatsApp, de um suposto promotor, que orientou a realização de procedimentos em suas contas bancárias, incluindo reconhecimento facial e autorizações.
O comunicante tentou acessar uma de suas contas, sem sucesso, e, sob orientação dos golpistas, utilizou outra instituição, chegando a realizar transferências por meio de códigos de barras enviados pelos criminosos. Desconfiado, entrou em contato com o filho, que alertou tratar-se de golpe. A vítima, então, procurou seu verdadeiro advogado, que confirmou a fraude.
Os golpistas programaram transações de R$ 22 mil e R$ 2,5 mil em uma das contas, ambas bloqueadas pelo banco, além de tentativas de movimentações entre contas do próprio comunicante. Também houve tentativas de acesso em outra instituição financeira, sem êxito.
OAB Teresópolis lançou cartilha alertando sobre o crime. O material é direcionado tanto aos advogados — que têm seus dados usados indevidamente — quanto aos clientes, com dicas de prevenção. Foto: Arquivo O Diário
A vítima apresentou os comprovantes das operações e o histórico das conversas salvos em seu celular, que serão encaminhados à investigação. Ele manifestou o desejo de representar criminalmente contra os autores.
Ferramentas para proteção
Caso o cidadão tenha sido vítima de uma tentativa de golpe, ou já tenha realizado um pagamento indevido, é possível denunciar através do canal oficial da OAB Nacional, pelo site: https://fiscalizacao.oab.org.br . Além disso, a Seccional do Rio de Janeiro disponibilizou dois canais diretos — um na Corregedoria e outro na própria OAB-RJ — para denúncias específicas sobre esse tipo de crime.