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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Mais três registros impressionantes de onças na região

Animais foram flagrados em ponto de captação de água nas partes altas da REGUA

Marcello Medeiros

Com o fortalecimento de trabalhos de pesquisa e a maior divulgação desses levantamentos científicos em redes sociais, é cada vez mais comum o compartilhamento de registros que até poucos anos atrás eram raríssimos. Mesmo assim, é sempre motivo de alegria reforçar a informação que ainda há vida selvagem em nossa região, com espécies como a Puma-concolor, a nossa onça parda, sobrevivendo em meio à pressão antrópica e mudanças frequentes em seu habitat – mesmo com a proteção das unidades de conservação ambiental. No início da semana, o projeto Aventura Animal ( @aventuraanimal ) divulgou mais três flagrantes de exemplares do grande felino em áreas de floresta de Cachoeiras de Macacu. Graças à proximidade do nosso município e proteção da REGUA e do Parque Estadual dos Três Picos, tudo indica que eles caminhem também por fragmentos florestais em Teresópolis, especialmente nas regiões de Canoas e Jacarandá, por exemplo.
No vídeo, divulgado no Instagram da Reserva Ecológica de Guapiaçu ( @reguabr ), elas param em frente a armadinha fotográfica para se hidratar. Os flagrantes ocorreram nas partes altas da REGUA, em áreas de sobreposição com o Parque Estadual dos Três Picos. “Uma delas foi reconhecida, o nosso famoso ‘Velhão’! A presença da onça em seu habitat natural é um sinal de que o ecossistema está equilibrado. Cada registro como este reforça a importância de proteger nossos espaços naturais”, publicou a unidade de conservação, destacando que esse foi mais um registro do projeto Aventura Animal.
A onça-parda, também conhecida como Suçuarana e Leão-baio, alimenta-se de animais silvestres de portes variados e exerce papel vital na manutenção da integridade dos ecossistemas onde ocorre. A espécie tem a capacidade de adaptação a vários tipos de ambientes, de desertos quentes aos altiplanos andinos, com maior atividade ao entardecer e à noite.

Graças à proximidade do nosso município e proteção da REGUA e do Parque Estadual dos Três Picos, tudo indica que eles caminhem também por fragmentos florestais em Teresópolis, especialmente nas regiões de Canoas e Jacarandá, por exemplo. Foto: Projeto Aventura Animal

Mais sobre o projeto
O projeto Aventura Animal possui câmeras de monitoramento da fauna em dezenas de florestas da região. Os equipamentos são camuflados e ativados à distância, permitindo capturas imagens em alta resolução, que são usadas para fins de pesquisa e atividades de educação ambiental. Através das armadilhas fotográficas é possível descobrir a quantidade de animais no local, seus hábitos alimentares e até mesmo se são animais solitários ou que vivem em grupo, sendo extremamente importantes para a observação e identificação de várias espécies.

Não precisa ficar com medo
Entrevistado pelo “Mochileiro Podcast”, da Diário TV, o Biólogo Ricardo Mello, falou sobre fauna e conservação ambiental, destacando diversos temas fundamentais para a continuidade de diversas espécies e manutenção da qualidade de vida da população. Entre os tópicos, destacou justamente um que chama atenção sempre que alguém vídeo sobre esse animal ganha as redes sociais: as onças! Também conhecido como Sussuarana ou ainda Leão da Montanha, o Puma concolor é o maior felino presente hoje na Mata Atlântica e desperta sempre um misto de medo e admiração. Aliás, sobre o risco que muita gente acha que tem se cruzar com um deles em uma trilha ou no quintal de casa, Ricardo deixou claro que não existe perigo.
“Eles são animais que andam na maior parte do tempo no horário noturno, noite e madrugada à dentro. Além disso, é um animal que evita contato com o ser humano ao máximo. Por experiência própria, fazendo trabalhos de monitoramento noturno, de levantamento de fauna, procuramos as onças, isso tendo rastro, pegadas, o horário que ela teoricamente costuma passar, e nunca conseguimos encontrar nenhuma. Ela sente nosso cheiro, escuta chegando, e evita passar perto. Então, a chance de ser premiado, de encontrar uma onça, é mínima”, enfatizou, completando que “não há nenhum risco, pois ela tem o hábito de evitar o contato com o homem”.
Ricardo pontuou também que “no Brasil não tem nenhum registro de ataque a seres humanos. Quando ela passa perto, é sempre fugindo. Além disso, somos basicamente do tamanho dela, que chega em torno de 70 quilos e portanto se alimenta de animais menores”. Essa entrevista, na íntegra, pode ser vista no canal da Diário TV no YouTube. Basta pesquisar por “Mochileiro Podcast com Ricardo Mello”.


Edição 15/10/2025
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