A Enel Rio contabilizou um aumento de 17% nas ocorrências de furtos de energia, registradas durante as operações de combate a irregularidades realizadas de janeiro a setembro deste ano, nos municípios de sua área de concessão, em comparação ao mesmo período do ano passado. O levantamento mostra ainda que mais de 100 pessoas já foram presas em flagrante pelo furto de energia, resultado das ações conduzidas em parceria com a Polícia Civil e peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE).
As operações de combate a irregularidades são realizadas pela distribuidora de forma sistemática, com o objetivo coibir o furto de energia, popularmente conhecido como “gato”, que causa prejuízos à rede elétrica, afeta a qualidade do fornecimento e coloca em risco a segurança da população.
São Gonçalo é o município da área de concessão da Enel Rio com maior número de ocorrências em 2025. Em seguida, estão Niterói, Rio das Ostras, Angra dos Reis e Paraty. Juntos, esses cinco municípios respondem por quase metade dos registros emitidos neste ano. Niterói e São Gonçalo também registraram o maior número de prisões em flagrante.
Comércios irregulares
Do total de casos registrados neste ano, 62,4% ocorreram em estabelecimentos comerciais e 36,4% em residências. Casos isolados também foram identificados em clientes rurais e grandes consumidores. Os flagrantes foram realizados em restaurantes, bares, lanchonetes, supermercados, oficinas e outros estabelecimentos. Em junho, por exemplo, técnicos da Enel, acompanhados por policiais civis, identificaram “gatos” de energia em uma fábrica de falsificação de produtos do ramo de beleza, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Na ocasião, além das ligações diretas e irregulares, sem o medidor de energia, mais de 20 toneladas de produtos falsificados foram apreendidas pelos agentes, mercadorias que eram revendidas em plataformas digitais. Já em Niterói, na Região Metropolitana, os agentes identificaram a irregularidade em uma fábrica de gelo, onde também foram encontrados cabos de alumínio de uso exclusivo da distribuidora.
Crime e riscos para todos
Furtar energia é crime com pena prevista de um a quatro anos de reclusão. Com a nova lei sancionada, se o crime envolver cabos de energia, telefonia, dados ou transporte ferroviário e metroviário, a pena pode subir para até oito anos.
Quem realiza “gato” de energia também está sujeito ao pagamento dos valores correspondentes ao consumo não registrado durante o período da irregularidade. Além disso, o furto de energia compromete diretamente a qualidade do serviço prestado pela distribuidora e coloca em risco a segurança da população, especialmente de quem manipula a rede elétrica de forma clandestina.
As ligações irregulares podem causar curtos-circuitos e sobrecargas na rede, além de provocar interrupções no fornecimento de energia. A estimativa da Enel é que, se não houvesse furto de energia, as tarifas de todos os consumidores da Enel Rio poderiam ser reduzidas em cerca de 5%.









