O turismo brasileiro vive um ciclo de expansão consistente, sustentado pela retomada da confiança do viajante, pela valorização dos destinos nacionais e pela mudança no comportamento do consumidor, cada vez mais interessado em experiências autênticas, contato com a natureza, bem-estar e hospitalidade de qualidade. Nesse cenário, o Estado do Rio de Janeiro se consolida como um dos principais polos de atração turística do país, reunindo diversidade cultural, riqueza ambiental e localização estratégica.
A indústria hoteleira ocupa papel central nesse movimento. Diferentemente de atividades extrativas ou altamente poluentes, a hotelaria é um segmento que gera riqueza de forma limpa, contínua e distribuída. Cada empreendimento hoteleiro ativa uma ampla cadeia produtiva, estimulando o comércio local, a agricultura regional, os prestadores de serviços, o transporte, a cultura e o entretenimento. Além disso, é uma atividade intensiva em mão de obra, promovendo inclusão social, capacitação profissional e geração de empregos permanentes.
A Região Serrana do Rio de Janeiro desponta como um território particularmente estratégico dentro desse contexto. Cidades como Teresópolis, Petrópolis e Nova Friburgo combinam clima diferenciado, patrimônio histórico, vocação natural para o turismo de montanha, gastronomia consolidada e crescente demanda por experiências ligadas ao bem-estar, ao lazer e aos eventos corporativos e sociais. Soma-se a isso a proximidade com a Região Metropolitana do Rio, fator que garante fluxo constante de visitantes ao longo de todo o ano.
O cenário atual abre espaço para diferentes perfis de investidores e empreendedores. Há oportunidades relevantes na aquisição de hotéis e pousadas já em operação, na reestruturação de empreendimentos subutilizados, no arrendamento como modelo de entrada mais segura no negócio e no desenvolvimento de novos projetos a partir da transformação de sítios e propriedades rurais em meios de hospedagem com identidade própria. No entanto, o êxito dessas iniciativas depende de decisões técnicas, estudos de viabilidade bem conduzidos e uma gestão profissional desde a concepção do projeto.
Nesse processo, a atuação especializada faz diferença. O trabalho de assessoria envolve a análise criteriosa de imóveis com vocação turística, avaliação de mercado, identificação do público-alvo, definição do posicionamento do empreendimento, estruturação financeira e planejamento operacional. Da mesma forma, a capacitação de equipes e a implementação de práticas modernas de gestão são determinantes para garantir eficiência, qualidade de serviço e sustentabilidade econômica no longo prazo.
A hotelaria contemporânea exige visão estratégica, responsabilidade e capacidade de adaptação. Não se trata apenas de oferecer hospedagem, mas de criar experiências, integrar-se à comunidade local e operar com equilíbrio entre resultado financeiro e impacto positivo no território onde se está inserido.
Ao olhar para o futuro, o ano de 2026 se apresenta como um marco de novas possibilidades. Em um ambiente de crescimento do turismo e de amadurecimento do mercado, aqueles que se antecipam, planejam com profundidade e constroem parcerias sólidas estarão mais preparados para transformar oportunidades em negócios bem-sucedidos.
Investir em hotelaria é investir em pessoas, em cidades e no desenvolvimento sustentável. É uma escolha que alia retorno econômico, geração de valor social e fortalecimento da identidade regional.
- Gilberto Luiz Braga é Consultor em Hospitalidade, Turismo e Serviços e Especialista em Estratégias Operacionais
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